uma questão de fé
É praxe que Zé Pelintra faça uma espécie de discurso de abertura, antes das consultas começarem. Ele fala sobre a plenitude do ser humano, alcançada somente quando sua verdadeira essência é seguida. Que o passado não dá respostas e que o olhar deve ser à frente. Que todo mundo colhe o que planta (...) Ele está terminando o atendimento de uma senhora e pede para que eu preste atenção. De forma simplista, ela tem um restaurante e acha que um concorrente está de olho gordo pra cima do negócio. Zé Pelintra ri, e diz que o sucesso só depende dela. Essa, aliás, é uma das principais lições que ele passa, de que nós somos responsáveis pelo nosso destino (...).
Questiono, então, já que o destino a nós pertence, por que aquele lugar está cheio. “É que as pessoas são desesperadas”, me diz Zé Pelintra. Elas não confiam em si mesmas e precisam que alguém lhes diga o que fazer. Ali, aparece gente com os mais variados problemas. Do básico, como a crise financeira que atinge um comerciante, aos números de um processo judicial. Pedem também pelos filhos, por um amor, por emprego.
Agarrado à garrafa de 51, seu Zé me fala que nós somos responsáveis pelo o que acontece em nossa vida.
in https://medium.com/uma-quest%C3%A3o-de-f%C3%A9/meu-encontro-com-z%C3%A9-pelintra-8874f1c60acc