crianças (sempre)
Não quero adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Oscar Wilde
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Não quero adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Oscar Wilde
Mas nós perdemos as leves
sandálias do vento
já não conhecemos o gozo
vegetal
António Ramos Rosa in VINTE POEMAS PARA ALBANO MARTINS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Sou uma rapariga aérea que ora se apaga na luz, ora se acende com o vento.
António Ramos Rosa in CLAREIRAS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
FEMME NUE, CHEVEUX COURTS (2020)
Corinne Gégot
Um país se delimita nas mudanças do vento.
Labirinto ou fábrica de espumas sempre aberta.
Sinuosas continuidades, dunas de pensamento,
por vezes um abrigo, ninho de primavera,
por vezes um polvo ardendo nas areias.
António Ramos Rosa in UM PAÍS, UM POEMA - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
O teu nome silencioso encanta-me os ouvidos
Vibram ao vento as surpresas simples
António Ramos Rosa in O LUGAR - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
O sol é uma noite suave
[...]
Reconheço um caminho entre dois reinos.
[...]
Ser sem qualidades,
consciência sem palavras.
Paciência na cor e na pedra
do ser. O esplendor dos sulcos brancos.
Abóbada de ausência, círculo do universo.
O que permanece ondula entre o verde e o vento.
António Ramos Rosa in MEDIADORA DA AUSÊNCIA - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
No centro do tempo não há tempo
[...]
Sou uma linguagem límpida com o vento
[...]
Como me perdi quem sou as interrogações cessaram
[...]
Tudo se desenrola na lúcida amplitude tranquila
António Ramos Rosa in NO CENTRO DO MUNDO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
inacessível corpo em outro corpo vivo
As pernas são o grito
no rosto no vento A língua
contra a língua
ou antes as duas línguas que a destroem
Vertigem dos limites
contra a vertigem
[...]
Ancas intermináveis Flancos
que trucidam quando oscilam
António Ramos Rosa in FRAGMENTOS: FIGURA - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
essa paixão árida que não canta
mas vibra seca no papel incerta
Quem detém os olhos? Quem vê o curso
do vento nas palavras?
E as flechas que por vezes se desfazem?
[...]
Tudo o que o poema faz desfaz
Mas sustenta a ferida
nas margens mais distantes
da distância
na insensata esperança
no abismo
Tu beijas aqui a dança e o desastre
António Ramos Rosa in O INCERTO EXACTO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Calcando o solo, colado ao vento,
ardo de secura, a fronte aberta
para a chama da terra.
António Ramos Rosa in ESPLENDOR CALCINADO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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