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Nariz de cera

anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.

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Nariz de cera

04
Nov19

décadas de bocejo

Cecília

Mas neste início da década de 70, enquanto o mundo dá voltas e que voltas!, os jornais, em Portugal, ocupam-se em noticiar, em grandes parangonas de primeira página, acidentes de automóvel ou calamidades atmosféricas, misturando-as com fotografias de atrizes ou princesas em evidência por qualquer razão menor (...) Um interminável bocejo. 

 

Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)

 

 

 

 

13
Out16

áfrica

Cecília

 

Margareth Menezes

(13 de outubro de 1962)

 

"Recentemente, o escritor Mia Couto esteve de volta ao Brasil para a Bienal do Livro do Rio de Janeiro e mais uma vez me surpreendeu com uma simples frase: “Deixem a África contar sua própria história”. Isso bateu em mim como uma bigorna! Se pararmos pra pensar, o que realmente conhecemos sobre o continente africano, se não as informações trazidas de lá pelos povos que se meteram a colonizar o não colonizável? O que realmente se revelou da gigante e misteriosa África que pode nos dar alguma base real da sua verdadeira história? Partindo da informação de que são 61 países eterritórios, todos independentes, cada um dividido por várias etnias com dialetos, idiomas, histórias de formação e reinados muito mais antigos do que o Brasil e alguns países da Europa, ainda há muito o que se saber.

Ainda hoje, muitos pensam a África como um grande deserto. Eles existem, mas além do Saara e da Namíbia, existem muitas belezas nas savanas africanas, montanhas e rios maravilhosos, existem cidades modernas, como asque já vi. A África Oriental é riquíssima e cheia de colaborações para a formação da cultura ocidental. Existem povos na África que não têm o menor interesse em interagir com o ocidente e se bastam. Tudo o que sabemos da África são dados trazidos para nosso conhecimento de forma convencional. A partir dessas ideias, vejo como perdemos tempo na insistência em alimentar a discriminação no solo do nosso país. Uma ação fora de propósito, já que seríamos muito mais ricos se fosse incentivada a inclusão de todos os cidadãos. Penso que na atual situação do mundo, o país que tiver seu povo unido e melhor preparado garantirá seu futuro mais soberano." 

 

Margareth Menezes - "A história da África por ela mesma" - coluna, Revista Raça Brasil nº 183

 

 

 

 

 

 

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