praying for a miracle
... aprendera que todas as perdas têm remédio, menos a perda do dinheiro.
Agustina Bessa-Luís – Fanny Owen (1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
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... aprendera que todas as perdas têm remédio, menos a perda do dinheiro.
Agustina Bessa-Luís – Fanny Owen (1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Tu te ofereceste aberta como eras
no sentido da dança, do fogo e do mar
António Ramos Rosa in ENCONTRO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
O exercício de prever é uma espécie de loucura, exige a invenção de hipóteses, de sair do cadinho dos factos para abraçar a possibilidade. Existe aqui o evidente paradoxo de a loucura ser o oposto da temperança, mas há que usar a regra de Paracelso: a diferença entre veneno e remédio é a dose.
Afonso Cruz_ O macaco bêbedo foi à ópera - Da embriaguez à civilização (2019)
Fundação Francisco Manuel dos Santos e Afonso Cruz (2019)
Além deste privilégio o homem usufruia outros: Como não tinha sido ainda inventada a escrita, não lia discursos políticos nem cartazes de propaganda eleitoral, nem tabuletas que dizem «Proíbido», nem letreiros que dizem «Reservado», nem etiquetas que dizem «Ocupado» nem cartazes que dizem «Propriedade particular». Evitava também por completo a chatice dos empregos. Como a rádio era totalmente desconhecida jamais escutou um anúncio do Tide ou uma «nota do dia» da Emissora Nacional. Da televisão nem sequer se falava e portanto a sua inteligência não estava atrofiada mas, pelo contrário aberta para as descobertas e para as conquistas do espírito.
Vilhena – História Universal da Pulhice Humana (1960/1961/1965)
Edição Completa, Integral e Nunca Censurada dos Três Volumes Originais Pré-História / O Egipto / Os Judeus
Herdeiros de José Vilhena / SPA 2015, E-Primatur (2016)
- Eu diria que a Nancy te deixou por causa de outro homem. Preto, branco, vermelho ou amarelo. Toma nota desta regra e estarás sempre protegido: uma mulher raramente deixa uma vítima sem ter outra à mão.
- Meu - disse Paul -, eu preciso de ajuda, não de teoria.
- A menos que compreendas a teoria, vais precisar sempre de ajuda...
Charles Bukowski in Harry Ann Landers - Música para Água Ardente (1983)
Antígona (2015)
Armando Bogus, ator. Da escola dos antigalãs, a mesma de seu colega Lima Duarte, Bogus fez uma carreira amparada em tipos comuns, brasileiros. O dramaturgo alemão Bertold Brecht acreditava que a arte de interpretar é a arte de observar, Bogus gostava de citar Brecht. Acima de tudo, gostava de segui-lo (...) Desde os tempos da ditadura, por causa da militância política, aprendi a observar os outros e a mim mesmo.
Expulso de dois colégios de São Paulo, na década de 50, por militar em grupos de esquerda, Bogus gostava de desafios. Entrou para o teatro já com a incumbência de inaugurar nos palcos a peça O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, no final da década de 50. Fundou, com Antunes Filho e Felipe Carone, o Pequeno Teatro de Comédias, PTC, enquanto encenava peças brasileiras na TV Excelsior. Depois que passou a atuar na Globo, onde fez mais de dez novelas e minisséries, encenou ainda várias peças no teatro, entre elas a comédia Bonifácio Bilhões, que ficou sete anos em cena. Como poucos, soube equilibrar palco e câmaras. Nunca precisou dizer que fazia novelas porque precisava sobreviver. Bogus gostava de TV. Eu sou fascinado pelos dois, declarava.(...) Na pele de (...) o cínico Cândido Alegria, de Pedra sobre Pedra (...) dos personagens mais populares da televisão. Me inspirei no Fradinho de Henfil e no padrão clássico do político mineiro para fazer o Cândido Alegria, explicou o ator.
Deu certo. O político matreiro que percorreu a novela Pedra sobre Pedra como o algoz dos protagonistas era, como Fradinho, apaixonado por suas maldades. Como um político mineiro, um mestre das articulações ardilosas. Para desenhar seus personagens, Bogus levava-os perigosamente perto dos tiques estereotipados sem jamais cair na armadilha que devora tantos atores. Há um limite muito perigoso na procura do tipo brasileiro, reconhecia o ator. Se me perguntar qual é o caráter do brasileiro, diria que é um cara que gosta dos Beatles, mas sem exagero. Para estereotipar menos, prefiro usar a intuição.
Em tempo: Armando Bogus, um brasileiro, gostava dos Beatles. Mas preferia Pery Ribeiro.
in http://www.oexplorador.com.br/armando-bogus-ator-da-escola-dos-antigalas-um-mestre-dos-tipos-comuns/
Armando Bogus
(19 de abril, 1930 — 2 de maio, 1993)
Regra do Jogo
Sá & Guarabira
Novela: Pedra sobre Pedra
Personagem: Cândido Alegria
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