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Toda a gente parece estar a agir de acordo com o momento presente; nunca mais. Nunca mais. A urgência de tudo isto é assustadora.
Virginia Woolf – As Ondas (1931)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Sometimes We Just Sit and Think
Um mundo onde a ignorância é primavera
onde a alegria estremece deslumbrada
António Ramos Rosa in O TEMPO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
[...] e ali nos sentávamos, às cinco da manhã, à espera de serviço, à espera que algum carteiro efectivo telefonasse a dizer que estava doente. Normalmente, os carteiros efectivos adoeciam quando chovia ou quando havia uma vaga de calor, ou então depois de um feriado, quando o correio duplicava.
Charles Bukowski – Correios (1971)
Antígona (2015)
[...] um rapazito branco - um exemplar da tribo neurótica dos perdidos da vida
Charles Bukowski – Correios (1971)
Antígona (2015)
Como se caminhasse para um encontro
encontro
a cor do muro
[...]
e do olhar
[...]
lá fora atrás presente
António Ramos Rosa in DECLIVES - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Eu aprenderei a partir sem conhecer
para onde vou nem olharei para trás
eu aprenderei que o presente é o presente
António Ramos Rosa in O INCÊNDIO DOS ASPECTOS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Sebastião (...) ao despedir-se do pai prometeu-lhe, diante da mãe, que iria contar ao mundo a história da atitude heroica do cônsul de Bordéus em 1940. E assim o fez. Em agosto de 1945 instalou-se na Califórnia, e com o irmão Carlos Francisco Fernando começou a divulgar o gesto de rebeldia praticado pelo pai, que tantas vidas tinha salvado, e que era uma verdadeira proclamação dos direitos humanos. Escreveu vários rascunhos (...)
Mas nos anos que se seguiram ao apocalipse que foi a Segunda Guerra Mundial, a Humanidade não estava preparada para ler histórias de morte, destruição e iniquidade. As pessoas queriam olhar para um futuro menos escuro, menos duro. Acabavam de sair do inferno, queriam esquecê-lo, queriam aproveitar o que a vida tinha de bom para lhes oferecer, e deixar para trás os anos de luta e desesperança. É verdade que havia filmes sobre a guerra, e as pessoas iam ao cinema vê-los, mas era difícil o processamento, de um ponto de vista mais racional, mais intelectual, de um horror como a carnificina que foi o Holocausto. Era muito penoso, como coletivo, termos de nos interrogar sobre as razões que permitiram que tal monstruosidade acontecesse.
Teriam de passar 70 anos para que os países que participaram na Segunda Guerra Mundial se voltassem para esse período da História, fizessem eles parte dos vitoriosos ou dos derrotados. Essa já era uma história que tinha sido vivida pelos nossos avós, duas gerações tinham nascido e crescido depois daquele horror, e agora desejavam compreender minimamente aquilo que pais e avós não puderam entender.
António Moncada S. Mendes – Aristides de Sousa Mendes, Memórias de Um Neto
Edições Saída de Emergência e António Moncada S. Mendes (2017)
A sua boca cerra-se num silêncio de fogo, num silêncio terrível como se temesse desencadear, abrindo-a, a tempestade dos mundos, a hecatombe redentora. É a própria boca da vontade, do amor que não perdoa. A vingança nela tem outro nome: a justiça. Ela é todo o passado, todo o presente e todo o futuro.
António Ramos Rosa in AS MUSAS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
O nascimento é agora.
António Ramos Rosa in A PALAVRA NO DESERTO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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