da lata
- Não te ris? - disse.
- Dá-me vontade de admirar a paciência, quando não posso admirar o estilo.
Agustina Bessa-Luís – Fanny Owen (1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
- Não te ris? - disse.
- Dá-me vontade de admirar a paciência, quando não posso admirar o estilo.
Agustina Bessa-Luís – Fanny Owen (1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Mais para ler
É preciso pôr de lado invejas e antipatias e não interromper. É preciso ter paciência e um cuidado infinito, deixando que a luz descubra as coisas só por si
Virginia Woolf – As Ondas (1931)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Mais para ler
O ignorado habita o elementar sem impaciência.
António Ramos Rosa in NO CALCANHAR DO VENTO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Mais para ler
Mais para ler
O último símbolo que quero destacar é o rosário ou as contas. [...] O rosário cristão se confunde com as contas do “Òpelè-Ifá” ou “Rosário de Ifá”, que é um instrumento divinatório dos tradicionais sacerdotes de Ifá (Ifá é o porta-voz de Orumilá e de outros Orixás). Vale lembrar que o culto dos negros a Nossa Senhora do Rosário, se deve também ao paralelismo estabelecido entre o rosário desta Nossa Senhora e o Rosário de Ifá, obviamente já conhecido por muitos negros. Por isso, sempre insisto que o culto dos negros a
Nossa Senhora do Rosário é ao mesmo tempo adaptação e resistência [...]
E termino com a saudação aos pretos velhos proferida na maioria dos terreiros de
Umbanda [...] e que demostra a multiplicidade do culto e suas referências: “Salve Jesus
Cristo e Nossa Senhora... Salve os Orixás... Saravá o Preto Velho... Adorei as almas”.
in http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364730161_ARQUIVO_Adoreiasalmas-XXVIISNH-textocompleto.pdf
Mais para ler
O sol é uma noite suave
[...]
Reconheço um caminho entre dois reinos.
[...]
Ser sem qualidades,
consciência sem palavras.
Paciência na cor e na pedra
do ser. O esplendor dos sulcos brancos.
Abóbada de ausência, círculo do universo.
O que permanece ondula entre o verde e o vento.
António Ramos Rosa in MEDIADORA DA AUSÊNCIA - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Mais para ler
Facilmente, passa-se do hedonismo à arrogância com que cada um vive e respira o ar do tempo:
- Havia aquela tontice de todos se acharem únicos, inimitáveis, importantíssimos, excelentes, de modo que só estavam aqui para ditar leis, - recorda Teresa Couto Pinto, que acrescenta: - Na verdade, éramos todos um pouco críticos e com certa intolerância. O António não, embora a seu modo também fosse elitista e seletivo. Costumava dizer: aceito toda a gente, mas isso não significa que tenham de vir todos à minha casa. Ou que tenha de ir beber copos com eles, porque não há paciência para lhes aturar a conversa.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
Mais para ler
le vide n'abolit pas l'inconnu mais l'éblouit
[...]
Tudo arde ainda na minuciosa paciência
[...]
Intensidade e tensão
da atenção pura
que sabe conter o que não se pode conter
estremecimento que não treme
tudo respira no silêncio
[...]
amorosos dedos de um amor da terra
[...]
teia aberta
[...]
e navio submerso
[...]
pedra de infinita transparência
[...]
paciência ardente
[...]
vazio amante
[...]
mão que penetrou no impenetrável
[...]
a infinita intensidade do contacto
António Ramos Rosa in UM ESPAÇO DE SILÊNCIO (Proposições sobre a pintura de Vieira da Silva) - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Maria Helena Vieira da Silva
Mais para ler
Paciência no vazio
(...)
num país que sussurra de presença e lonjura.
António Ramos Rosa in FUGA OU RETORNO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Mais para ler
António chegou a Amesterdão em 1974, numa altura em que a cidade estava na vanguarda de um sem número de movimentos, desde a ecologia à luta anti-apartheid, passando pela liberalização das drogas ditas leves, que eram ali encarados com o mesmo pragmatismo com que, em muitos outros países, se aceitam e até estimulam outros vícios como o jogo. Havia para todos os gostos. Grupos anarquistas, ecologistas, pacifistas, os krakers, com as suas redes de okupas, que pressionavam o governo, por vezes de formas radicais, para a resolução do problema da habitação.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
Mais para ler