Mas neste início da década de 70, enquanto o mundo dá voltas e que voltas!, os jornais, em Portugal, ocupam-se em noticiar, em grandes parangonas de primeira página, acidentes de automóvel ou calamidades atmosféricas, misturando-as com fotografias de atrizes ou princesas em evidência por qualquer razão menor (...) Um interminável bocejo.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018) Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
Ora a acção é sempre mais proveitosa que a propaganda, excepto para os indivíduos cujo feitio os indica essencialmente como propagandistas - os grandes oradores, capazes de electrizar multidões e arrastá-las atrás de si, ou os grandes escritores, capazes de fascinar e convencer com os seus livros.
Fernando Pessoa - O Banqueiro Anarquista (1922) Antígona (2018)
Não temos regresso. Ninguém deve sair daqui, pois poderia levar para o mundo, juntamente com a marca gravada na carne, a terrível notícia do que, em Auschwitz, o homem teve coragem de fazer ao homem.
Primo Levi – Se Isto É Um Homem (1947) Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
Nada escapava à sua actividade escrevinhadora. Mas o certo é que tamanha quantidade de escrita não continha muitas ideias nem muita verdade: os textos egípcios eram, enfim, como a literatura dos nossos jornais.
Vilhena – História Universal da Pulhice Humana (1960/1961/1965) Edição Completa, Integral e Nunca Censurada dos Três Volumes Originais Pré-História / O Egipto / Os Judeus
Herdeiros de José Vilhena / SPA 2015, E-Primatur (2016)