haja samba e axé
É pesada a pedra desta vida
que a morte enterra a cada passo
mas quem vive a luz da nova vida
senão a palavra que levanta a pedra
António Ramos Rosa in À MEMÓRIA DE VÍTOR MATOS E SÁ - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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É pesada a pedra desta vida
que a morte enterra a cada passo
mas quem vive a luz da nova vida
senão a palavra que levanta a pedra
António Ramos Rosa in À MEMÓRIA DE VÍTOR MATOS E SÁ - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Quem compreende a aliança entre cavalo e homem
compreende a mulher e a solidão da montanha.
António Ramos Rosa in CICLO DO CAVALO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
em 2004, no 50.º aniversário da morte de Aristides, o arcebispo de Bordéus, Jean-Pierre Ricard, celebrou missa em sua homenagem, e evocou muitas das frases do meu avô, com destaque para a que acabou por se tornar a sua mais conhecida: «Assim declaro que darei com todo o entusiasmo vistos para todos, independentemente da origem de quem o peça. O meu desejo é antes "estar com Deus contra os homens do que com os homens contra Deus".
António Moncada S. Mendes – Aristides de Sousa Mendes, Memórias de Um Neto
Edições Saída de Emergência e António Moncada S. Mendes (2017)
Dar a vida ao cavalo rumo à mulher mais forte,
dona do seu sossego e do
seu estar no estar da sua própria casa.
António Ramos Rosa in CICLO DO CAVALO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
«Li a tua história na Knigt», disse Louie. «Era muito estranha. Nunca fodeste uma mulher morta, pois não?»
« Por vezes tive a impressão de que algumas estavam mortas.»
Charles Bukowski – Mulheres (1978)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2003)
Sara era uma mulher gentil. Eu tinha de endireitar-me. Quando um homem precisava de muitas mulheres era porque nenhuma delas prestava. Um homem podia perder a sua identidade por foder demasiado. Sara merecia mais do que eu lhe dava. Agora tinha de ser eu a dar.
Charles Bukowski – Mulheres (1978)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2003)
«Que arranhão é este nas tuas costas?»
«Qual arranhão?»
«Há aqui um enorme... é duma unha de mulher.»
«Se ele está aí, foste tu quem o fez...»
«Está bem. Conheço um modo de descobrir.»
«Como?»
«Vamos para a cama.»
«OK!»
Passei no teste com sucesso, mas de seguida pensei: como pode um homem testar a fidelidade da mulher? Isto parecia-me injusto.
Charles Bukowski – Mulheres (1978)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2003)
Dee Dee deu-me Alka-Seltzer e um copo de água. A única coisa que me ajudou a melhorar foi uma rapariga sentada do outro lado da sala de espera. Tinha um corpo fabuloso, boas e esguias pernas, e trazia uma mini-saia. E vestia meias compridas, com ligas, e sob a saia, cuecas cor-de-rosa.
Calçava sapatos de salto alto.
« Estás a olhar para ela, não estás?», perguntou Dee Dee.
«Não posso evitar.»
«É uma desavergonhada.»
«Evidente.»
Charles Bukowski – Mulheres (1978)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2003)
É uma fogueira disfarçada - observou ele, passando-lhe uma mão pelo cabelo. - Uma emboscada em forma de mulher
Grace Burrowes – Coração Ardente (2017)
Quinta Essência (2019)
Couple au chandelier
Marc Chagall (1887-1985)
Recém-chegado da tropa no ultramar, no início dos anos 70, António ainda não pertencia ao meio musical. Mas, pela forma de estar, de vestir, e de ser, começava a ser um Extraterrestre, num país onde era pecado ser diferente, numa sociedade que tranquilizava os seus terrores arcaicos com a estandardização. «Sempre Ausente», um poema do álbum Anjo da Guarda, ilustra estes tempos e esta busca:
Diz-me que solidão é esta
Que te põe a falar sozinho
Diz-me que conversa
Estás a ter contigo
Diz-me que desprezo é esse
Que não olhas p'ra quem quer que seja
Ou pensas que não existe
Ninguém que te veja
Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
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