Basta ver como Camilo usava a língua portuguesa para ficarmos informados sobre a sua vontade de poder, de conquistar a atenção, a fama e a alma da Praça. Isso acontece com o espírito que é ávido porque é extremamente sobrecarregado de talentos. Aconteceu com Shakespeare, por exemplo. A maneira como dispõe as frases, como escolhe e arremessa as palavras tem muito duma estratégia guerreira. Utiliza o alfabeto como balas e os versos como trincheiras. Julieta fala um tom acima da sua estatura feminina; Hamlet fala para a posteridade e não para a sua pequena corte de intrigantes.
Agustina Bessa-Luís –Fanny Owen(1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Basta ver como Camilo usava a língua portuguesa para ficarmos informados sobre a sua vontade de poder, de conquistar a atenção, a fama e a alma da Praça. Isso acontece com o espírito que é ávido porque é extremamente sobrecarregado de talentos. Aconteceu com Shakespeare, por exemplo. A maneira como dispõe as frases, como escolhe e arremessa as palavras tem muito duma estratégia guerreira. Utiliza o alfabeto como balas e os versos como trincheiras. Julieta fala um tom acima da sua estatura feminina; Hamlet fala para a posteridade e não para a sua pequena corte de intrigantes.
Agustina Bessa-Luís –Fanny Owen(1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
O rio Douro não teve cantores. Teve-os o Mondego e o Tejo também [...] O rio Douro ficou banido da lírica portuguesa com a sua catadura feroz pouco própria para animar os gorjeios dos bernardins, que são sempre lamurientos e que à beira de água lavam os pés e os pecados. E, no entanto, trata-se de um rio majestoso como não há outro.
Agustina Bessa-Luís –Fanny Owen(1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Acontece que, mesmo em contextos de menor exigência, como era o caso do bengaleiro do Museu Berardo, os problemas podiam surgir. «Uma vez fui abordado em espanhol por uma senhora americana. Eu respondi-lhe em inglês, dizendo que não sabia falar espanhol, ao que ela perguntou se não podia falar espanhol em Portugal. Eu disse-lhe que sim, mas aconselhei-a antes a falar inglês, por todas as razões. Expliquei-lhe que há umas animosidades históricas e que há portugueses que não reagem bem quando lhes falam em espanhol. Ela agradeceu com um sorriso largo, mas depois foi fazer uma queixa online, a dizer que eu a tinha feito perder o tempo dela, enquanto lhe dava uma lecture sobre que línguas é que ela podia ou não podia falar.»
Pedro Vieira – Em que posso ser útil? (2021)
Fundação Francisco Manuel dos Santos e Pedro Vieira (2021)
...Voz do Operário onde, estudando à noite, parece que acabou por conseguir o seu diploma de Curso Comercial - cinco anos, fora os dois que lhe faltavam do ciclo preparatório. Curso exigente, cheio de disciplinas difíceis, cálculo comercial, contabilidade, economia política, técnica de vendas, geografia geral, história, datilografia, estenografia, português, francês, inglês.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018) Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
Dona Beatriz reponta contra a crueldade dos franceses. Dom António admite, sem o dizer, que Lisboa é uma estrumeira. E Henrique considera que os franceses não têm legitimidade para lhes darem ordens nenhumas. Talvez estejam os três cheios de razão.
Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991) Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
Desde 1999 que a UNESCO assinala o 21 de fevereiro como o “Dia Internacional da Língua Materna”, tendo o mesmo sido reconhecido formalmente pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que considerou 2008 como o Ano Internacional da Língua, com o intuito de promover o multilinguismo e a diversidade linguística e cultural