António Ramos Rosa in A IMPONDERÁVEL ABORDAGEM - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Aunque tu, me has echado en el abandono Aunque tu, has muerto todas mis ilusiones Y en vez, de maldecirte con gusto en coro En mis sueños te colmo, en mis sueños te colmo De bendiciones Sufro la inmensa pena de tu extravío Siento el dolor profundo de tu partida Y lloro sin que sepas que el llanto mio Tiene lagrimas negras, tiene lagrimas negras Como mi vida Tu me quieres dejar, yo no quiero sufrir Contigo me voy mi santa aunque me cueste morir Un jardinero de amor, siembra una flor y se va Otro viene la cultiva, de cual de los dos sera Amada prenda querida, no puedo vivir sin verte Porque mi fin es quererte y amarte toda la vida Yo te lo digo mi amor, te lo repito otra vez Contigo me voy mi santa porque contigo moriré Yo te lo digo mi amor, que contigo moriré Contigo me voy mi santa te lo repito otra vez
Filipa anda a aprender a convencer-se de que o ano de 2017 «não conta». Porque esse era o ano em que planeara concluir uma série de etapas na sua vida. Estava matriculada no mestrado em Solicitadoria de Empresas e inscrita para entrar na Ordem dos solicitadores. Devia ter feito estágio entre Junho e Dezembro, para poder ir a exame em Março, mas o internamento, os ferimentos, deitaram os planos por terra. O mestrado ficou parado. «Dois mil e dezassete era para encerrar tudo isto, sempre fiz tudo certinho», lamenta-se. Tal como lamenta a ausência tão prolongada da serração onde trabalhava no escritório. «Estou a faltar há dez meses», diz, com as lágrimas a saltarem-lhe novamente dos olhos. «É muito tempo. Tinha tudo programado, tinha estudos, tinha a Ordem...»
No hospital não dão previsões para o dia em que a fisioterapia não será mais necessária. Ou em que não terá de gastar um boião de um quilo de creme hidratante em apenas quatro dias. É um dia de cada vez. E ela aguenta, apesar das dores e das lágrimas.
Patrícia Carvalho – Ainda aqui estou (2018)
Fundação Francisco Manuel dos Santos e Patrícia Carvalho (2018)
Evitar o choro, porque as lágrimas são delibitadoras, e ao abatimento seguem-se reacções violentas e decisões nefastas (...) a fúria é sempre alimento de mais fúria, como as lágrimas o são de mais lágrimas.