Oxalá Babá
Ao fim ao cabo, que se pode fazer quando se está só?
Virginia Woolf – As Ondas (1931)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
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Ao fim ao cabo, que se pode fazer quando se está só?
Virginia Woolf – As Ondas (1931)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Just as long as I stay
I'll be waiting
I'll be waiting
I'll be waiting
And when a child is born into this world
It has no concept
Of the tone the skin is living in
And there's a million voices
And there's a million voices
To tell you what she should be thinking
Presença ausente, intratável e carinhoso, dado a explosões repentinas e a silêncios densos, mas de coração lavado. Incapaz de guardar rancores, alimentar ódios, estimular querelas. Mas cheio de uma inquestionável autoridade que o levava a confrontar até o maior dos seus amores, a própria mãe. O facto é que toda a gente o respeitava muito. Até o pai.
- Mas se tivesses de dizer alguma coisa, dizia. Não ia lavar as mãos ao rio. Uma vez virou-se para a minha mãe, e disse-lhe, você é uma beata. O que anda você a fazer na igreja? É uma beata, isso é um beatismo.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
duro é o silêncio, e são os ossos. duro
é também o veneno dos dias transparentes
António Franco Alexandre
António Ramos Rosa - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Nada se transcreve quando
simplesmente se passa
António Ramos Rosa in O INCERTO EXACTO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Se não formos capazes de ver, não seremos capazes de ler - na literatura, como na vida, não é possível ler sem ser lido.
Carla da Silva Pereira
Charles Bukowski – Correios (1971)
Antígona (2015)
A Parábola dos Cegos (1568)
Pieter Bruegel, o Velho
Sebastião (...) ao despedir-se do pai prometeu-lhe, diante da mãe, que iria contar ao mundo a história da atitude heroica do cônsul de Bordéus em 1940. E assim o fez. Em agosto de 1945 instalou-se na Califórnia, e com o irmão Carlos Francisco Fernando começou a divulgar o gesto de rebeldia praticado pelo pai, que tantas vidas tinha salvado, e que era uma verdadeira proclamação dos direitos humanos. Escreveu vários rascunhos (...)
Mas nos anos que se seguiram ao apocalipse que foi a Segunda Guerra Mundial, a Humanidade não estava preparada para ler histórias de morte, destruição e iniquidade. As pessoas queriam olhar para um futuro menos escuro, menos duro. Acabavam de sair do inferno, queriam esquecê-lo, queriam aproveitar o que a vida tinha de bom para lhes oferecer, e deixar para trás os anos de luta e desesperança. É verdade que havia filmes sobre a guerra, e as pessoas iam ao cinema vê-los, mas era difícil o processamento, de um ponto de vista mais racional, mais intelectual, de um horror como a carnificina que foi o Holocausto. Era muito penoso, como coletivo, termos de nos interrogar sobre as razões que permitiram que tal monstruosidade acontecesse.
Teriam de passar 70 anos para que os países que participaram na Segunda Guerra Mundial se voltassem para esse período da História, fizessem eles parte dos vitoriosos ou dos derrotados. Essa já era uma história que tinha sido vivida pelos nossos avós, duas gerações tinham nascido e crescido depois daquele horror, e agora desejavam compreender minimamente aquilo que pais e avós não puderam entender.
António Moncada S. Mendes – Aristides de Sousa Mendes, Memórias de Um Neto
Edições Saída de Emergência e António Moncada S. Mendes (2017)
Mas em 2017, 77 anos depois dos acontecimentos de Bordéus, num Portugal democrático, é bom que os cidadãos portugueses possam ver estas "amostras" do regime que oprimiu Portugal. É bom que possam ver como foi a perseguição atroz movida ao meu avô, por ter ousado desobedecer ao chefe supremo dos espíritos e das mentes em Portugal. O chefe que do Além ainda consegue dominar certas cabeças...
António Moncada S. Mendes – Aristides de Sousa Mendes, Memórias de Um Neto
Edições Saída de Emergência e António Moncada S. Mendes (2017)
frei Fernando Ventura, que apresentou o livro Jesus Cristo Bebia Cerveja, disse, por ocasião do lançamento, quando lhe perguntei se Jesus bebia cerveja: «É óbvio que sim. Jesus gostava de coisas boas.»
Deus Pai também. No final de cada um dos dias da Criação, Ele constatava que a obra era boa (...) O axiarquismo da Sua conduta leva-nos a concluir o seguinte: devemos a nossa existência a coisas boas, como o amor e a cerveja. Sabemos que a vida é boa, quando no final do dia ponderamos o que fizemos e concluímos que valeu a pena, que foram boas obras.
Afonso Cruz_ O macaco bêbedo foi à ópera - Da embriaguez à civilização (2019)
Fundação Francisco Manuel dos Santos e Afonso Cruz (2019)
O mais delicado champanhe não passa do desperdício de uma festa, daquilo que as leveduras decidiram cagar depois de se empanturrarem do açúcar das uvas.
Afonso Cruz_ O macaco bêbedo foi à ópera - Da embriaguez à civilização (2019)
Fundação Francisco Manuel dos Santos e Afonso Cruz (2019)
Champagne at the Hotel Room
Marc Ferrero
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