da lata
- Não te ris? - disse.
- Dá-me vontade de admirar a paciência, quando não posso admirar o estilo.
Agustina Bessa-Luís – Fanny Owen (1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
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- Não te ris? - disse.
- Dá-me vontade de admirar a paciência, quando não posso admirar o estilo.
Agustina Bessa-Luís – Fanny Owen (1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Ela diz que não, que lhes é impossível saber o que se passou, que eles eram como nos crimes as testemunhas que se esqueceram de olhar.
Marguerite Duras – Olhos Azuis, Cabelo Preto (1986)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Foi aí que me apercebi da presença daqueles inimigos que mudam, mas que estão sempre ali; as forças contra as quais lutamos. É impensável deixarmo- -nos levar de forma passiva.
Virginia Woolf – As Ondas (1931)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
The Sin of Blindness
Caroline Jamhour
... no mesmo espetáculo em que António Variações foi violentamente vaiado por aquele público tão tradicional. Carlos Ferreira, cujo camarim ficava no palco, estava com a mãe que o ajudava nas mudanças de roupa, e descreve como «aterradora» a reação da assistência:
- Assisti a uma das maiores pateadas numa atuação do Variações no Coliseu, quando ele foi cantar o Povo que Lavas no Rio. Foram impiedosos. E ele? Na maior. Continuou, como se nada acontecesse. As pessoas a patearem, a insultarem, e ele a cantar até ao fim, como se nada estivesse a acontecer. Foi genialmente corajoso.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
A satisfação de uma paixão absolutamente pessoal é embriaguez ou prazer: não é felicidade.
A felicidade é algo duradouro e indestrutível; caso contrário, não seria felicidade. A queles que gostariam de perpetuar a embriaguez e de incluir nela a felicidade, andam atrás do impossível.
George Sand – Diário Íntimo
Antígona (2004)
Chega-se a um ponto na vida intelectual em que se aprende enfim a distinguir o verdadeiro do falso, o possível do impossível, a ilusão da realidade. Contudo, entre essa época de iluminação e de discernimento, e a época da razão e da força, quando impiedosamente se subtrai à vida tudo o que seja sedutor e nocivo, dá-se um intervalo de conflito entre o saber e o poder; trata-se do período mais difícil e perigoso da existência humana. A experiência conduz ao conhecimento. A vontade conduz ao desprendimento.
George Sand – Diário Íntimo
Antígona (2004)
Hoje em dia, apercebo-me que o mundo está repleto de imbecis e que é impossível dar um passo sem tropeçar num.
George Sand – Diário Íntimo
Antígona (2004)
O impossível é uma quantidade que excede o que nos falta.
Valter Hugo Mãe – Homens imprudentemente poéticos
Porto Editora (2016)
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