nulla gloria
A glória dos homens é viver em comum e sem desigualdade.
Agustina Bessa-Luís – Fanny Owen (1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
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A glória dos homens é viver em comum e sem desigualdade.
Agustina Bessa-Luís – Fanny Owen (1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Não me trate como uma ignorante. Pode-se ser inocente sem se ser ignorante.
Agustina Bessa-Luís – Fanny Owen (1979)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Ele volta ao quarto. Ela estava ali, por trás da espessura das paredes. Ele quase se esquece da sua existência sempre que volta do mar [...]
Talvez ela não durma. Ele não quer acordá-la, força-se a não o fazer, olha-a. O rosto está abrigado, debaixo da seda preta. Só o corpo nu está na luz amarela, mártir.
[...] perto daquela hora, com a vinda do dia vem a infelicidade [...]
Ele aproxima-se dela, olha para o lugar da frase que faria com que ele a matasse, ali, na base do pescoço, nas redes do coração [...]
Ela manifestamente não viu o barco. Não ouviu o seu barulho. Ignora tudo sobre o barco porque simplesmente dormia quando o barco passou. Tanta inocência faz com que ele lhe pegue na mão e a beije.
Ela ignora que passou a ser aquela que não sabe [...]
Marguerite Duras – Olhos Azuis, Cabelo Preto (1986)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
«Lisboa continua a ser trendy, embora eu ache que a coisa está a estagnar, vês mais é aquele turista do chinelo»
Pedro Vieira – Em que posso ser útil? (2021)
Fundação Francisco Manuel dos Santos e Pedro Vieira (2021)
Todos nós nascemos originais e morremos cópias.
Carl Jung
Os valores do pluralismo e da diversidade são hoje mais partilhados. Ao mesmo tempo, o espaço de liberdade democrática torna viáveis as oposições às novas normas que legitimam o pluralismo, a diversidade ou a igualdade entre humanos. Nada é por isso um dado adquirido, e as grandes mudanças emancipatórias que ocorreram e estão a ocorrer podem facilmente retroceder, em nome de um processo que se reclame ele próprio da liberdade democrática.
Jorge Vala – Racismo, Hoje, Portugal em Contexto Europeu (2021)
Fundação Francisco Manuel dos Santos, Jorge Vala (2021)
O ignorado habita o elementar sem impaciência.
António Ramos Rosa in NO CALCANHAR DO VENTO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Enquanto estamos vivos
procuramos saber e, mais do que saber
[...]
é nostalgia, paixão, ignorância,
vazio vibrante
e a delícia sem máscaras em que o ar resplandece.
António Ramos Rosa in VINTE POEMAS PARA ALBANO MARTINS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Um mundo onde a ignorância é primavera
onde a alegria estremece deslumbrada
António Ramos Rosa in O TEMPO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Todo o mundo é música de água ou transparência.
A inteligência é o sabor completo do silêncio.
Onde estamos é a insondável delicadeza de uma estrela.
A criança está com a mãe numa nebulosa dourada.
[...]
Todo o nosso saber é uma ignorância fértil.
O ritmo das nuvens ordena as nossas mesas.
António Ramos Rosa in O TEMPO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
imagens: Cecília Carneiro
O real é uma invenção deste opaco amplexo
em que o prodígio é a simplicidade e a opulência
de uma ignorância que habita a medula dos sentidos.
António Ramos Rosa in EXTREMAMENTE NUA - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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