calendários que importam
Sei a fundura do não-saber
António Ramos Rosa in CLAREIRAS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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Sei a fundura do não-saber
António Ramos Rosa in CLAREIRAS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
A outra má experiência, que ainda hoje recorda, foi com outra instituição de Pedrógão Grande. Sílvia ligou, a directora respondeu-lhe que tinha os armazéns cheios. Sílvia diz que insistiu. «O que temos para levar não são bens usados, é artigo novo, embalado; jogos de lençóis, atoalhados, edredões, toalhas de mesa, panos de cozinha, tudo de que uma casa precisa. E oitenta pares de calçado novo, em caixa.» Do outro lado fez-se um curto silêncio, antes da resposta que a promotora do grupo Esposende com Pedrógão no Coração reproduz: «Ela diz-me: " Vamos fazer assim, faça uma triagem. O que estiver usado ponha numas carrinhas à parte e, se não se importar, entrega nos bombeiros de Castanheira de Pêra, que estão a recolher esse tipo de artigo. O que for novo põe noutra carrinha, e quando vier a caminho dá-me um toque para o meu telemóvel particular, que lhe vou dar, e um assistente meu estará à vossa espera para recolher esses bens."
Patrícia Carvalho – Ainda aqui estou (2018)
Fundação Francisco Manuel dos Santos e Patrícia Carvalho (2018)
Assim te insurges, leal, frente ao silêncio.
O mesmo espaço visível, ocupa-o.
(...)
Amanhã será sempre hoje este momento.
Outro, pleno e vão.
(...)
Em ti mesmo dá lugar ao espaço.
António Ramos Rosa in OCUPAÇÃO DO ESPAÇO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
«Isto são só as coisas que vi hoje e gosto de as apontar porque é fácil esquecer o que há de bonito na vida».
Afonso Reis Cabral – Pão de Açúcar
Publicações Dom Quixote (2018)
Hoje Eu Sei
Vanessa da Mata / Jonas Myrin
(Sereia de Água Doce / Duva Songs/Songs of Universal, Inc. [BMI])
Na minha vida hoje eu sei
Quem é dor, quem é luz, quem é fuga
Quem estraga ou quem estrutura
Quem é adubo, terra ou rosa
Hoje eu sei quem é conto, romance ou prosa
O silêncio amigo ou a cobra
Só não sei quem é o mistério
Ninguém me ensinou a amar
Me cuidar ou escolher
Das sutilezas entre tédio e paz
Sempre acompanhada e só,
Merecia muito mais, de mim mesma
O tempo entregou você
Depois que aprendi dizer não
E retirei o que me atrasava
Limpei minha estrada antiga
Mudei minhas velhas formas
Fiz a faxina pra você entrar
Ninguém me ensinou a amar
Me cuidar ou escolher
Das sutilezas entre tédio e paz
Sempre acompanhada e só,
Merecia muito mais, de mim mesma
O tempo entregou você
Depois que aprendi dizer: não
E retirei o que me atrasava
Limpei minha estrada antiga
Mudei minhas velhas formas
Fiz a faxina pra você entrar
Lá, lá, lá...
Aonde a fome vivia
Joguei minhas cores fartas
E como a natureza é sábia
Tem mazelas, mas tem cura
A solidão fazia casa mas
Plantei minhas jaboticabas lá
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