cais
Ténue é o cais
no Inverno frio.
Ténue é o voo
do pássaro cinzento.
Ténue é o sono
que adormece o navio.
No vago cais
do balouço da bruma
ténue é a estrela
que um peixe morde.
Ténue é o porto
nos olhos do casario.
Mas o que em fora nos dilui
faz-nos exactos por dentro.
Fernando Namora in Marketing
Quando o mar tem pés p'ra andar
E as ondas só vêm chatear
Lá do fundo do mar imundo imenso sais
Oh! Neptuno e as tuas sereias sensuais
Vendes no cais
Quando um barco se está para afundar
E só esses ratos não o quiserem abandonar
Quando a maré negra chegar
E não houver ninguém pr'ó crude limpar
Lá do fundo do mar imundo imenso sais
Oh! Neptuno e as tuas sereias sensuais
E vendes o cais
Se o pescado morre ao lado
Se ainda se ama o mar salgado
Então é ver no cinema se ainda há lodo no cais
se o mercado impera e somos todos iguais
Muito cuidado quando escorregas sempre cais
Lá do fundo do mar imundo imenso sais
Oh! Neptuno e as tuas sereias sensuais
Vendes o cais
Se o pescado morre ao lado
Se ainda se ama o mar salgado
Então é ver no cinema se ainda há lodo no cais
Se o mercado impera e vais sempre longe demais
Muito cuidado quando escorregas sempre cais
Se o mercado emperra e somos todos iguais
Atenção cuidado voltas ao cais
GNR