ostentação
Ostentar é o único caminho que pessoas vazias encontram para existir.
Aurilene Damaceno
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anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
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Ostentar é o único caminho que pessoas vazias encontram para existir.
Aurilene Damaceno
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A Nicole le dio un ataque de risa y subió de nuevo al comedor. Fue una reacción más bien cariñosa, pero Gérard se sintió como si lo hubieran humillado. Su mujer no lo consideraba capaz de escribir, ni siquiera de quedarse pensando un rato. No volvieron a hablar de ese instante, pero iba a ser el inicio de una fisura en su matrimonio. En ocasiones tenemos que actuar de forma sorprendente, derrapar y salirnos de lo cotidiano en cierto modo, para saber lo que el otro piensa realmente de nosotros.
David Foenkinos - La biblioteca de los libros rechazados (2016)
Titulo original: Le Mystère Henri Pick
Traducción de María Teresa Gallego Urrutia y Amaya García Gallego
Penguin Random House Grupo Editorial S.A.U. (febrero, 2017)
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créditos imagem: http://www.ivettedurancalderon.com/articulos/Reportajes/Escritores-fantasmas-escritores-por-encargo-escritores-sin-firma-escritores-negros-o-negros-de-la-literatura-quienes-son-a-que-se-dedican.../213
Declara-se indignado por alguém poder fazer uso indevido do meu nome, e pronto a ajudar-me a acabar com a fraude, mas acrescenta que afinal de contas não há motivo para me escandalizar, porque na sua opinião a literatura só é válida pelo seu poder de mistificação, tem na mistificação a sua verdade; portanto uma falsificação, enquanto mistificação de uma mistificação, equivale a uma verdade elevada à segunda potência.
Continuou a expor-me as suas teorias, segundo as quais o autor de cada livro é uma personagem fictícia que o autor existente inventa para a tornar o autor das suas ficções. Muitas das suas afirmações até as compartilho, mas evitei dar-lho a entender. Diz que se interessa por mim sobretudo por duas razões: primeiro, porque sou um autor falsificável; segundo, porque pensa que tenho os dotes necessários para ser um grande falsificador, para criar apócrifos perfeitos. Poderei pois encarnar o que para ele é o autor ideal, ou seja, o autor que se dissolve na nuvem de ficções recobre o mundo com o seu espesso invólucro. E como o artifício para ele é a verdadeira substância de tudo, o autor que inventar um sistema de artifícios perfeito conseguirá identificar-se com o todo. (...)
Pensando bem, este escritor total poderia ser uma pessoa muito modesta: o que na América se chama o ghost-writer, o escritor fantasma, uma profissão de reconhecida utilidade embora não de muito prestígio: o anónimo redactor que dá forma de livro ao que têm para contar outras pessoas que não sabem ou não têm tempo para escrever, a mão escrevedora que dá a palavra a existências demasiado ocupadas em existir. Se calhar a minha verdadeira vocação era essa e falhei-a. Podia ter multiplicado os meus eus, anexar eus alheios, fingir os eus mais opostos a mim e mais opostos entre si.
Italo Calvino – Se Numa Noite de Inverno Um Viajante (1979)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
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