O riso é de longe o melhor remédio para todas as maleitas da vida. Demasiadas vezes são os nossos dias medidos por desgostos, e raros os momentos em que a sua medida é o humor.
Wray Delaney - Memórias de Uma Cortesã (2016)
Quinta Essência, Oficina do Livro (2017)
É bom relembrar que sempre existiram veganos (...) ou detractores da escravidão (...) é bom relembrar que os direitos e dignidades não são apanágio do momento actual, mas eram muito menos disseminados e pouca gente partilhava esses pontos de vista.
Afonso Cruz_ O macaco bêbedo foi à ópera - Da embriaguez à civilização (2019) Fundação Francisco Manuel dos Santos e Afonso Cruz (2019)
(...)
quando a atracção natural
reunisse os corpos apesar da dúvida.
Lembrar-te-ás da força dos dias de cegueira
dias de puro instinto, tudo
o mais esquecerás. O vento
contra. O aparente cansaço
que nos atira um ao encontro do outro.
(...)
Paulo da Costa Domingos in CAMPO DE TÍLIAS
Paulo da Costa Domingos – Carmina (1971-1994) Antígona (1995)
Quando um homem tem na vida uma razão de esperança é como se crescesse um palmo de altura. Mas se se juntam duas dessas razões, um homem perde a medida do seu tamanho.
Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991) Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
Amor Te siento cerca cuando estamos lejos Porque te llevo aquí en mi corazón No sé perderme de tu amor Quizá mañana cuando estemos viejos Y se nos arrugue un poco el corazón Sabré querer mejor Dicen que este (...)
Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.
Miguel Torga
nossa condição humana, que é inimiga de tudo o que é infinito. Opõe-se-lhe o nosso sempre insuficiente conhecimento do futuro; e a isto se chama, num caso, esperança; no outro, incerteza do amanhã. Opõe-se-lhe a certeza da morte, que impõe um limite a qualquer alegria, mas também a qualquer dor.
Primo Levi – Se Isto É Um Homem (1947) Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
Os correios acabam de abrir e Manuel Moita dirige-se para lá. Tem oitenta e três anos, Alzheimer, e vai aos correios várias vezes por dia para saber se tem correspondência. As pessoas têm paciência e lamentam aquela insistência que nasce da solidão e da doença.
Os guardas sorriem quando o vêem. O cabo buzina enquanto o sargento Oliveira acena para o velho, que se assusta, encostando-se à parede. Então, no meio da confusão da sua cabeça, parece reconhecer aquelas (...)