Matsu nunca prometeria parar de chorar. Acalmara, mas sabia bem que a felicidade se compunha da soma de muita tristeza também.
Valter Hugo Mãe – Homens imprudentemente poéticos
Porto Editora (2016)
Sabrás que he cumplido firmemente, Tú sabrás, mi promesa de quererte hasta el final, Que he esperado tanto tiempo, Y aún puedo más. Sabrás que yo he sido la primera, Tú sabrás, en escribirte una canción que te recuerde aquella vez, En que mi cuerpo temblaba, Porque tus manos en cada abrazo, Me hicieron sentirme segura, Siempre a salvo, a salvo. Y tus besos, a cada paso, Me hicieron sentirme segura, Siempre a salvo, a salvo.
Quizás no he encontrado la manera hoy, Quizás de hacer de tripas corazón, De conformarme con vivir anclada A un sueño que amaba Porque tus manos en cada abrazo, Me hicieron sentirme segura, Siempre a salvo, a salvo. Y tus besos, a cada paso, Me hicieron sentirme segura, Siempre a salvo, a salvo.
Quiero que comprendas que sin ti no tengo nada, Que aposté toda mi vida, y que a lo hecho pecho, Siento que te marches aunque nunca digas nada, Aunque no tenga derecho a recibir mañana. Puede que el futuro no me lleve hasta tu casa, Pero sigo decidida a no ceder por hoy. Si tus manos a cada paso, Me hicieron sentirme segura, Siempre a salvo, a salvo. Y tus besos, a cada paso, Me hicieron sentirme segura, Siempre a salvo, a salvo.
Algo que tinha de ser, fazia parte da resiliência, da forma mais cônscia dos afectos. Mas caiu sobre as pernas e chorou porque a sensatez nunca impedia a dor.
numa súplica insegura que principiava a enervá-lo, perguntas acerca do seu casamento, acerca do filho e das filhas pequenas (...)
quase a chorar a cretina, a humilhar-se, se calhar o mesmo que faz com o marido embora jure que não, garante que o trata por cima da burra e o idiota aceita, o enxota, mal lhe fala porém isso dizem todas e a gente faz que acredita, provavelmente a que lá tenho em casa uma história igual com um sujeito que não me interessa um tuste saber quem é desde que o pai me conserve na empresa
António Lobo Antunes – Para Aquela Que Está Sentada No Escuro À Minha Espera (2016) Publicações D. Quixote | Leya (2016)
Um certo dia, chegou à aldeia o Tio Jaime Litorânio, que achou grave que os seus familiares nunca tivessem conhecido os azuis do mar.
Que a ele o mar lhe havia aberto a porta para o infinito. Podia continuar pobre mas havia, do outro lado do horizonte, uma luz que fazia a espera valer a pena. Deste lado do mundo, faltava essa luz que nasce não do Sol mas das águas profundas.
A fome, a solidão, a palermice do Zeca, tudo isso o Tio atribuía a uma única carência: a falta de maresia. Há coisas que se podem fazer pela metade, mas enfrentar o mar pede a nossa alma toda inteira. Era o que dizia Jaime.
- Quem nunca viu o mar não sabe o que é chorar!
Mia Couto (texto) e Danuta Wojciechowska (ilustração) – O Beijo Da Palavrinha (2008) LEYA | CEM (março 2016)