mute
Silêncio do incontível, como
recusar a veemência
desta cegueira? [...]
Artérias vivas,
estrelas, relâmpagos,
jorrarão da obscuridade vermelha?
António Ramos Rosa in MEDIADORA DO MUTISMO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
Silêncio do incontível, como
recusar a veemência
desta cegueira? [...]
Artérias vivas,
estrelas, relâmpagos,
jorrarão da obscuridade vermelha?
António Ramos Rosa in MEDIADORA DO MUTISMO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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de bordel... ou calvário.
Paulo da Costa Domingos in Cicatriz
Paulo da Costa Domingos – Carmina (1971-1994)
Antígona (1995)
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Mais para ler
Ao contrário de todo mundo, que fica se ressentindo 'porque ela me deixou, não sabe o que perdeu', eu não tenho medo de dizer: eu é que fui covarde e babaca.
Cazuza
Y ahora intenta decir que me amas
Sin miedo a que parezca mentira otra vez
Y no lo ves
Digo yo que algo tendremos que hacer
Borra de golpe
Su nombre en mi nombre
Y así lo olvidaré
Y mira bien
Mientras yo te reproche de más
Y tu te escondas con la duda otra vez
No quiero mas pulsos
Hay tanto que perder
Hazme sentir que lo bueno está por llegar
Que esto también pasará
Hazme sentir que compartimos un mismo latir
Mais para ler
aquele modo seguro de dizer as coisas com poucas palavras
Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
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nossa condição humana, que é inimiga de tudo o que é infinito. Opõe-se-lhe o nosso sempre insuficiente conhecimento do futuro; e a isto se chama, num caso, esperança; no outro, incerteza do amanhã. Opõe-se-lhe a certeza da morte, que impõe um limite a qualquer alegria, mas também a qualquer dor.
Primo Levi – Se Isto É Um Homem (1947)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
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isso é bom para burgueses decadentes. Eu sou um intelectual do povo, estás a ver? A minha única parte capitalista são os bolsos. O resto é completamente de esquerda.
Afonso Cruz - Jesus Cristo Bebia Cerveja (2012)
Penguin Random House (2016)
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Quem tudo quer tudo perde
dizem os que sabem muito
e eu punha-me a chorar
porque eu só queria tudo
José de Almada Negreiros, O Menino D'Olhos De Gigante (Serra de Sintra, outubro de 1921)
Poemas Escolhidos José de Almada Negreiros - Assírio & Alvim | Porto Editora 2016
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
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