essa paixão árida que não canta
mas vibra seca no papel incerta
Quem detém os olhos? Quem vê o curso
do vento nas palavras?
E as flechas que por vezes se desfazem?
[...]
Tudo o que o poema faz desfaz
Mas sustenta a ferida
nas margens mais distantes
da distância
na insensata esperança
no abismo
Tu beijas aqui a dança e o desastre
António Ramos Rosa in O INCERTO EXACTO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
um punho de fogo e um verdadeiro sorriso de aurora
[...]
É toda mar e vento e praia com um adejar de gaivotas nos cabelos.
[...]
o seu adeus uma ondulada mão desfazendo-se entre mar e céu.
António Ramos Rosa in MUSAS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Dar a vida ao cavalo rumo à mulher mais forte,
dona do seu sossego e do
seu estar no estar da sua própria casa.
António Ramos Rosa in CICLO DO CAVALO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
«Vais deitar abaixo os grupos de rock. Nunca vi nada assim. Gostaria de ter-te lá todas as sextas e sábados à noite.»
«Isso não resultaria, Marty. Pode-se cantar a mesma canção dezenas de vezes, mas com os poemas querem sempre algo de novo.»
Charles Bukowski – Mulheres (1978)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2003)
He llegado a una tierra de llegada.
Juan Ramón Jiménez
António Ramos Rosa - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Não cantes vitorioso nem a galope: deixa as palavras virem ao nível do seu vagaroso peso, do seu chão de água.
António Ramos Rosa in ONDE AINDA É POSSÍVEL - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Com as portas abertas
eu sou o mar que entra.
Mas sem esquecer o sangue,
eu escuto e sei e espero.
António Ramos Rosa - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Ou encontrei o homem certo ou estou me tornando a mulher certa.
Tati Bernardi
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Lava com dignidade o amor como a morte ou um velho sonho.
Paulo da Costa Domingos in Maillot - CARMINA
Edições ANTÍGONA (1995)