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Nariz de cera

anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.

Nariz de cera

anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.

living poem

05.06.20

(...)

porque queres viver

o sol que desejas 

(...)

é ele que te conduz

a si mesmo

*

Espero que ele me invente

onde e aqui eu estou

de novo a respirar

a folha imaginada

(...)

Esta aventura vale?

Não podes desistir

dizer que nada vale

se o nada mesmo enfrentas

 

António Ramos Rosa in O NASCIMENTO DO POEMA - Obra Poética I

Assírio & Alvim (2018)

 

 

as cerimónias do medo e do orgulho

31.07.19

Então, Manoel solta os freios das cerimónias, agarra-a pela cintura e, antes de a beijar, diz-lhe que as doidices de Lisboa não são nada, ao pé da doidice que ele tem por ela. Olha que estás a desfazer-me o chignon... Pois desfaço-to mesmo!

Acabam por comer a canja fria, o Manoel de camisa esgargalada e fora das calças, a Juliana de cabeleira desfeita e chambre chinês 

 

 

Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)

 

 

 

blogar ou não blogar

15.04.18

O diário íntimo de George Sand é um diário íntimo no verdadeiro sentido da palavra (...) com efeito, Sand coloca-o de lado sempre que a vida lhe corre de feição: «A partir do momento em que a vida se torna suportável, já não carece de análise. Arruinaremos um dia de sossego se teimarmos em dissecá-lo ao pormenor»

 

 

George Sand – Diário Íntimo

Antígona (2004)