[...] her mother lay with her gray hair - what was left of it - sticking out on the pillow, and she was a tiny as a person could be and still be alive. It was as though her mother had been in a science fiction movie and that her body - her essence - had been snatched. When her mother's eyes flipped open, Suzanne had said, "It's me, Mom, Suzanne," and her mother had sat up and said, "Hello." And when Suzanne repeated to her, "Mom, it's me, your daughter," her mother said pleasantly, "No, my daughter is dead." Then her mother had sung a lullaby as she rocked Snuggles, and she was still doing that when Suzanne left.
Now, as Suzanne entered the room, she had to walk by another woman seated in a wheelchair not far from her mother; [...]
Her mother sat serenely in her wheelchair in the corner of her room, with Snuggles on her lap. Her hair had been combed, and she wore a sweatsuit of pale off-white, on her feet were clean white sneakers. "Hello," she said to Suzanne. "You're a pretty woman. Who are you?"
"I'm your daughter, Mom. It's me, Suzanne."
Her mother said politely, "I don't have a daughter. She died. But when she was a little girl, she had this." And her mother held up Snuggles. "His name is Snuggles," her mother said.
"Mom, you remember this was Snuggles?" Suzanne leaned down toward her mother.
"I don't know who you are," her mother continued, "but my poor little daughter. She was always such a good girl." [...]
"But her brother!" And her mother laughed then. "Oh, her brother was a nasty little boy." [...]
Chills ran down Suzanne's side [...] "Doyle?" she finally asked.
Her mother's face remained uncomprehending, until suddenly it became twisted in fury. "You get out of here right now! Get out! Get out!" Spittle flew from her mouth.
And then the other woman seated in her wheelchair began to cry. It was a terrible sound [...] Suzanne stood up [...] "Help me, please," she said to an aide going by. "I've upset my mother and also some woman who was in here [...]
The aide was a small young woman, with no expression on her face, and she said to Suzanne, "I'll be there in a minute."
"Please come in now," said Suzanne, but the aide was already going into the room next door. "Oh God," said Suzanne. She went back into her mother's room [...] and her mother was half standing out of her chair. She pointed her arm at Suzanne. "You! Get out of here right now!"
Elizabeth Strout – Olive, Again (2019) Penguin Random House UK (2019)
Em vários dos seus estudos, um entrevistador apresentava a crianças negras, entre os 3 e os 7 anos, duas bonecas, uma branca e outra negra. Depois, o entrevistador pedia à criança que escolhesse e lhe entregasse «a boneca com que gostaria de brincar»; a seguir, «a boneca que é bonita»; «a boneca que tem uma cor bonita»; «a boneca que é feia»; «a boneca que se parece contigo», etc. As crianças manifestavam ser sensíveis à cor e saber nomear a sua cor. Cerca de dois terços das crianças indicaram que a boneca que se parecia com elas era a boneca negra, embora um terço tenham declarado que a boneca branca era a que se parecia com elas. Mais de metade das crianças negras disseram que a boneca com que preferiam brincar era a boneca branca, que esta era a boneca bonita e que tinha uma cor bonita. Em consonância, mais de metade disseram que a boneca feia era a boneca negra. Uma análise dos resultados por idades permitiu aos autores proporem que a idade crucial para a interiorização da inferiorização racial ocorria entre os 4 e os 5 anos de idade. Estes resultados assumem um significado muito importante, pois revelam que as crianças interiorizam desde cedo as mensagens de inferiorização veiculadas pelo contexto social.
Os estudos dos Clark não tiveram grande impacto científico na altura, mas os resultados obtidos foram fundamentais para o testemunho que os Clark elaboraram para o Supremo Tribunal dos EUA sobre os efeitos da segregação racial nas escolas americanas e, subsequentemente, para a argumentação e decisão deste Tribunal, que aboliu a segregação em 1954 [...] Aqueles estudos constituíram o principal fundamento para o Supremo Tribunal concluir que a segregação racial na escola era prejudicial ao desenvolvimento harmonioso e ao bem-estar das crianças negras e que os contactos entre crianças de cor diferente no contexto escolar poderiam conduzir a relações sociais mais igualitárias e a um melhor desenvolvimento pessoal.
Jorge Vala – Racismo, Hoje, Portugal em Contexto Europeu (2021)
Fundação Francisco Manuel dos Santos, Jorge Vala (2021)
Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.
Sêneca
A história da mulher é a história da pior tirania que o mundo conheceu: a tirania do mais fraco sobre o mais forte.
Oscar Wilde
Não se ama duas vezes a mesma mulher.
Machado de Assis
O coração da mulher, como muitos instrumentos, depende de quem o toca.
Así que ese era Rouche, un hombre que llegaba con mucho retraso a la mejor version de sí mismo (...) Pero mientras iba andando hacia la biblioteca, tuvo por fin la sensación de que estaba conquistando el presente. Estaba exactamente donde debía estar.
David Foenkinos - La biblioteca de los libros rechazados (2016) Titulo original: Le Mystère Henri Pick Traducción de María Teresa Gallego Urrutia y Amaya García Gallego Penguin Random House Grupo Editorial S.A.U. (febrero, 2017)