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Nariz de cera

anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.

Nariz de cera

anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.

[minha] força flor

(ou como se amarguram os que com as flores falham e perdem)

29.05.21

Outros fatores contribuíram para esta alteração no panorama musical. No final dos anos 70, alguns dos melhores artistas de antes do 25 de Abril, estavam nitidamente em crise. Zeca Afonso, farol de gerações, com discos geniais, e outros artistas, «pareciam atravessar uma crise de inspiração». A produção mais panfletária também perdera grande parte do seu interesse e força. As carreiras de cantores e compositores consagrados evidenciavam alguma arritmia. Alguns, nunca conseguirão passar «os anos 80». Como por exemplo, «Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Carlos Mendes, toda essa gente que não consegue passar os anos 80, e ali fica, encalhada, com muita amargura nalguns casos»

 

Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)

Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)

 

 

aqui, esperando o lá

16.05.21

O simples

estar aqui

deixa livre a ausência.

A presença confunde-se com o vazio exacto. 

 

António Ramos Rosa in MEDIADORA DA PRESENÇA - Obra Poética I

Assírio & Alvim (2018)

 

 

 

ad maiora natus sum

12.05.21

O sol é uma noite suave

[...]

Reconheço um caminho entre dois reinos.

[...]

Ser sem qualidades,

consciência sem palavras.

 

Paciência na cor e na pedra

do ser. O esplendor dos sulcos brancos.

Abóbada de ausência, círculo do universo.

O que permanece ondula entre o verde e o vento. 

 

 

António Ramos Rosa in MEDIADORA DA AUSÊNCIA - Obra Poética I

Assírio & Alvim (2018)

 

 

tomara

09.07.19

Tomara que a tristeza te convença, que a saudade não compensa e que a ausência não dá paz.

 

Vinicius de Moraes

19 de outubro de 1913 — 9 de julho de 1980

 

Onde Anda Você - Vinicius de Moraes & Toquinho

( Vinicius de Moraes / Hermano Silva )

E por falar em saudade
Onde anda você
Onde andam os seus olhos
Que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto
De tanto prazer

E por falar em beleza
Onde anda a canção
Que se ouvia na noite
Dos bares de então
Onde a gente ficava
Onde a gente se amava
Em total solidão

Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares
Que apesar dos pesares
Me trazem você

E por falar em paixão
Em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares
Na noite, nos bares
Onde anda você

 

 

pai para sempre

19.03.18

 - A morte não tresanda - disse a mulher -, só os vivos tresandam, só os moribundos tresandam, só os putrefactos tresandam. A morte não tresanda.

 

 

Charles Bukowski in Uma Brasa de Mulher - Música para Água Ardente (1983)

Antígona (2015)

 

 

 

(obrigada B. pelo privilégio de me ter tornado mãe contigo. pela honra de ser mãe das tuas filhas. direi sempre às nossas meninas que são filhas de um homem bom. o melhor homem que conheci até hoje. para sempre , eu e tu, - pai e mãe - pais em planos espirituais diferentes.

Amor, Luz, Paz)