seta de vida, sempre
Sim, o tempo passa. E nós envelhecemos.
Virginia Woolf – As Ondas (1931)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Sim, o tempo passa. E nós envelhecemos.
Virginia Woolf – As Ondas (1931)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
... não preciso de palavras nem de nada arrumadinho [...]
«O silêncio é bem melhor; a chávena de café, a mesa. É bem melhor sentar- -me sozinho, como uma gaivota solitária que se empoleira num poste e abre as asas a todo o comprimento.
Virginia Woolf – As Ondas (1931)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
Luís Ribeiro e Maria Adosinda, o irmão e a cunhada, recordam o gozo que António punha em caricaturar algumas das suas clientes mais altivas, até por ter sentido na pele as barreiras sociais que o tinham marcado com o ferro em brasa do desprezo que os citadinos votavam aos rurais. Tinha 11 anos quando, vindo de Fiscal, Braga, desembarcara em Lisboa, mas os irmãos afirmam que, tanto tempo depois ele ainda «sofria com este tipo de coisas». Por outro lado, os relatos também referem, de forma unânime, o cuidado, o carinho, a gentileza que punha no trato com os idosos, e a forma como costumava dizer: «Toda a gente dá um beijinho e uma carícia a um bebé, mas esquecem-se dos idosos, que têm necessidades ainda mais importantes que uma criança, e ninguém lhes liga nenhuma». Era um homem calado, mas irónico, com um pendor satírico que poucos terão conhecido. Os irmãos e os amigos mais chegados recordam que ironizava muito com as coisas. E reagia, perante alguém que pensava que era superior a ele.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
Maria Adosinda, a cunhada, conta:
- Olhava para a minha sogra, brilhavam-lhe os olhos. Ela adorava-o e ele tinha um cuidado muito especial com ela.
No carro, dava-lhe sempre o lugar da frente. Ajudava-a a sentar-se, a levantar-se, dava-lhe o braço na rua. Mas se via uma dessas senhoras de nariz empinado e ar importante, dizia: Olha para aquilo, parecem mesmo umas peruas. Detestava as velhas da alta sociedade, porque não via nelas a sinceridade que se vê numa pessoa do campo, pobre, humilde... então, quando lhe aparecia uma cliente a dizer, eu gosto assim, mas o António que acha?, ele faria uma coisa correta. Mas se ela entrasse toda cheia de nove horas: Ai, eu isto, eu aquilo, assim não, quero tudo armado! ele exagerava tanto que ela saía do salão a parecer uma maluquinha. Depois vinha-nos contar e fartávamo-nos de rir.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
O meu paizinho disse-me sempre que a estupidez não se cura.
- A minha mãe dizia que não se corrige a arrogância
Grace Burrowes – Coração Ardente (2017)
Quinta Essência (2019)
Frédéric se tomó el té por cortesía, aunque lo que más asco le daba en el mundo era el aroma a caramelo.
(…)
Al ver la casa de asombro de los parisinos, Madeleine añadió que lo decía en broma. Según iba envejeciendo, se percataba de que nadie pensaba ya que fuera capaz de tener sentido del humor. Claro, los viejos no pueden por menos de convertirse en unas personas lúgubres que no entienden nada ni son capaces del menor ingenio.
David Foenkinos - La biblioteca de los libros rechazados (2016)
Titulo original: Le Mystère Henri Pick
Traducción de María Teresa Gallego Urrutia y Amaya García Gallego
Penguin Random House Grupo Editorial S.A.U. (febrero, 2017)
110 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.