o único meio de sacudir tragédias e enfrentar desgraças é encará-las de frente e de coração ao alto. E, virando-se para o defunto no retrato, arranca a confirmação: Sabes bem, ó Sarmento, que sempre fui mulher de honra e de coragem! Se Deus te tragou nas ondas do mar, foi porque achou ser eu capaz de governar-me sozinha!
Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991) Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
Deus não é uma entidade separada de nós (...) Ele é o sol, e o pão, e o céu e o ouro do cálice, e as forças da natureza e a Terra, e o coração do homem. Habita em nós e à nossa volta; nós estamos dentro dele, e nunca fora. Espírito universal, revela-se em todo o lado através dos véus opacos e cerrados da matéria, e a nossa alma é um santuário que ele inunda com a sua essência (...) Procure-mo-lo, pois, dentro de nós: quanto mais assim o procurarmos, mais aprenderemos a encontrá-lo, mais transparente será o véu e mais abrasador o clarão misterioso