People let me tell you I work hard every day I get up out of bed, I put on my clothes 'Cause I've got bills to pay Now it ain't easy but I don't need no help I've got a strong will to survive I've got a deeper love, deeper love Deeper love inside and I call it
[Chorus] Pride (a deeper love) Pride - a deeper love (Pride) a deeper love Woah woah woah woah It's the (pride) power that gives you The (pride) strength to survive (Pride - a deeper love) (Woah woah woah woah) Yeah ooh yeah yeah Yeah yeah yeah yeah yeah yeah yeah
[Verse 2] Now I've got love in my heart, it gives me the strength To make it through the day Pride and love (pride is) oh respect for yourself And that's why I'm not looking for Handouts, charity, welfare, I don't need Stealin', killin', not my feelin' No backstabbin', greedy grabbin' Lyin', cheatin' 'cause I've got a Deeper love, a deeper love A deeper love inside, I I yeah yeah I've got a deeper love (deeper), a deeper love (deeper) Deeper love inside, whoa
[Chorus] (Pride) a deeper love (Pride) a deeper love (Pride - a deeper) love Woah woah (woah woah) It's the (pride) power that gives you The (pride) strength to survive (Pride - a deeper love) (Woah woah woah woah) [Verse 3] And I wanna thank you for helping me see There's a power that lives deep inside of me Give me the strength (give me the strength) To carry on (to carry on), always be strong Whoa oh oh oh whoa
Aretha Louise Franklin
(Memphis, 25 de março de 1942 — Detroit, 16 de agosto de 2018)
Mas o tempo passa. Tomé já sabe andar de novo. Consegue dobrar os dedos das mãos. Filipa chora de dores na fisioterapia, mas não desiste e insiste tanto quanto lhe dizem para insistir, para recuperar o mais rápido possível. Em Abril de 2018, os dois ainda não tinham concluído o processo que lhes permitirá receber uma indemnização, mas Tomé encara os 15 mil euros que lhs deverão estar destinados com desânimo. «As indemnizações deviam começar pelos feridos, que estão cá a lutar, que vão ficar com marcas para toda a vida, mas começaram pelos mortos«, diz.
Há alguma amargura nas palavras dos dois. Mas também ironia, quando falam daqueles que dizem «ter-se aproveitado» do incêndio. Dão como exemplo um conhecido que recebeu uma indemnização por um veículo que, supostamente, ardeu no incêndio, quando de facto o carro já só era uma carcaça inútil parada na propriedade do dono há anos.
Patrícia Carvalho – Ainda aqui estou (2018)
Fundação Francisco Manuel dos Santos e Patrícia Carvalho (2018)
Recém-chegado da tropa no ultramar, no início dos anos 70, António ainda não pertencia ao meio musical. Mas, pela forma de estar, de vestir, e de ser, começava a ser um Extraterrestre, num país onde era pecado ser diferente, numa sociedade que tranquilizava os seus terrores arcaicos com a estandardização. «Sempre Ausente», um poema do álbum Anjo da Guarda, ilustra estes tempos e esta busca:
Diz-me que solidão é esta
Que te põe a falar sozinho
Diz-me que conversa
Estás a ter contigo
Diz-me que desprezo é esse
Que não olhas p'ra quem quer que seja
Ou pensas que não existe
Ninguém que te veja
Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
O rapaz de calças de ganga era, afinal, uma pessoa séria. Tinha estudado muito, no seminário. O pai era um lavrador com posses, como o senhor Rodrigues, e ele só se tinha formado por devoção. Podia ter ido para médico, engenheiro ou professor. Com os conhecimentos do pai, podia estar muito bem na vida. Podia ter investido num negócio ou arranjado um tacho na câmara municipal. Se fosse uma pessoa menos decente, era o que teria feito. Tantos que queriam e não podiam!
Sem se esquecer de referir o pormenor da indumentária devida a uma pessoa que ocupava a posição dele, o meu pai dizia o mesmo (...)
As calças de ganga eram o defeito do qual ninguém, a não ser Deus, se conseguia eximir. Estávamos servidos para a vida. Que pedíssemos a Deus que o estimasse, todos os dias, nas nossas orações.