o teu rosto
Se as palavras corressem como as nuvens
respirando
dir-te-ia as palavras que desejo.
Oiço o silêncio inteiro sobre o teu rosto.
António Ramos Rosa in NA MORTE DE CELESTINO ALVES - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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Se as palavras corressem como as nuvens
respirando
dir-te-ia as palavras que desejo.
Oiço o silêncio inteiro sobre o teu rosto.
António Ramos Rosa in NA MORTE DE CELESTINO ALVES - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
A sua boca cerra-se num silêncio de fogo, num silêncio terrível como se temesse desencadear, abrindo-a, a tempestade dos mundos, a hecatombe redentora. É a própria boca da vontade, do amor que não perdoa. A vingança nela tem outro nome: a justiça. Ela é todo o passado, todo o presente e todo o futuro.
António Ramos Rosa in AS MUSAS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
é louco quem se opõe às estrelas
Francisco Vaz da Silva – Gata Borralheira e Contos Similares (2011)
Círculo de Leitores e Temas e Debates (2011)
Som velado. Beijo
calmo.
António Ramos Rosa in INSTANTE - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
(M. 16-01-2014 )
Se vivo, é só por ti, por ti,
que fazes com que olhe e caminhe em frente,
para esse lugar, o nosso, o de todos, o de alguém.
António Ramos Rosa in CICLO DO CAVALO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Mère et Fille
Emile Levy
Eu detestava aquele tipo de agitação, o género de sexo à Los Angeles, Hollywood, Bel Air, Malibu e Laguna Beach. Estranhos quando nos encontrávamos, estranhos quando partíamos - um ginásio de corpos anónimos a masturbarem-se mutuamente. As pessoas sem moral consideravam-se muitas vezes livres, mas sobretudo eram incapazes do mínimo sentimento ou de amor. Por isso eram despreocupadas. Os mortos a foderem os mortos. Não havia nem risos nem humor nos seus jogos - era um cadáver a foder outro cadáver.
Charles Bukowski – Mulheres (1978)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2003)
A recuperação da memória de Aristides de Sousa Mendes estava afirmada e confirmada [...] Fizeram-se muitos trabalhos escritos sobre o tema, e pelo menos dois doutoramentos. Um deles é da autoria da Dra. Raquel Limão Andrade, filha daquele jovem de 20 anos, Manuel Lourenço de Andrade, que em 1940 se preocupava todos os dias com os refugiados que chegavam de comboio a Vilar Formoso, intitulado O diplomata que se fez refugiado, em que analisa o aspeto espiritual e o sentimento de solidariedade e compaixão do cônsul.
António Moncada S. Mendes – Aristides de Sousa Mendes, Memórias de Um Neto
Edições Saída de Emergência e António Moncada S. Mendes (2017)
Sinto a perfeição de um corpo
e nos seus olhos perpassa um pouco o medo.
Serei eu quem tu vês?
[...]
Porque tudo é tão breve e tão longo, não sei.
Tenho os olhos fechados de abertos de ternura.
António Ramos Rosa in CICLO DO CAVALO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Sara era uma mulher gentil. Eu tinha de endireitar-me. Quando um homem precisava de muitas mulheres era porque nenhuma delas prestava. Um homem podia perder a sua identidade por foder demasiado. Sara merecia mais do que eu lhe dava. Agora tinha de ser eu a dar.
Charles Bukowski – Mulheres (1978)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2003)
A seguir foram almoçar, e a lindíssima Lena ficou no meio dos dois, Variações à esquerda, Marco Paulo à direita. Um cantor recém-chegado e o artista consagrado e famosíssimo. Mas as pessoas, sobretudo as senhoras e as miúdas que entravam, iam direitas ao António a pedir-lhe autógrafos, e não olhavam para mais nada nem para mais ninguém:
- Ele era de tal maneira flashante que tudo o resto se apagava. Durante o almoço, o Marco quis mostrar que estava um bocadinho ciumento e sentido, mas na boa, porque é uma excelente pessoa. A brincar disse, António, qualquer dia ainda ponho uma bomba no teu carro! Uma cena de puto. E o António só lhe diz, mas qual carro? e desarmou-o completamente. Passados uns segundos, o Marco, que sentiu que se calhar tinha ido um bocadinho longe de mais, responde: Ó António, eu amo-te. Foi tão bonito. O António não falava muito, mas tinha um humor tão subtil, era terrivelmente certeiro, e ainda por cima não tinha mesmo carro, nem guiava, nem queria saber disso, gostava era de andar a pé.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
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