[não descer - só parar]
O mar ainda está escuro, e muito próximo. Lambe a areia, engole, é doce, fluvial.
Marguerite Duras – Olhos Azuis, Cabelo Preto (1986)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
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anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
O mar ainda está escuro, e muito próximo. Lambe a areia, engole, é doce, fluvial.
Marguerite Duras – Olhos Azuis, Cabelo Preto (1986)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
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As coisas importantes levam tempo a voltar aos sonhos.
Marguerite Duras – Olhos Azuis, Cabelo Preto (1986)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
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Sim, o tempo passa. E nós envelhecemos.
Virginia Woolf – As Ondas (1931)
Colecção Mil Folhas / Bibliotex SL / M.E.D.I.A.S.A.T. e Promoway Portugal Ltda (2002)
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Nesta altura, também a comunicação social estava muito atenta ao trabalho dos voluntários e houve vários directos a acompanhar o percurso dos camiões TIR carregados de ajuda em direcção à Beira Alta. O que fez o tipo de apoio recebido também ser diferente do de Junho. «Da primeira vez tive pessoas muito abastadas a quem bati à porta e me diziam: "Passas recibo? Então, não." Na Beira Alta foi diferente porque, quando aparece a comunicação social, as coisas mudam. Tivemos algumas empresas que nos diziam: "Mas tem a certeza de que vai aparecer na televisão?", e lá ajudavam. É claro que ficamos todos contentes com a ajuda. As razões das pessoas se calhar não foram as melhores, mas o certo é que entregámos os donativos.»
Patrícia Carvalho – Ainda aqui estou (2018)
Fundação Francisco Manuel dos Santos e Patrícia Carvalho (2018)
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E ele era uma figura apaixonante no deserto desta cidade tão provinciana na época, com uma meia de cada cor, os roupões, o fato-macaco, os sapatos diferentes, o visual tão criativo e tão fantástico.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
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O que resta recomeçar
com uma pedra
O que eu movo
até
onde não sei
suspendo
e algo avança
à minha frente
A mão baixa
aranha de ar
rápida intranquila
as armas que respiram
o desejo e a surpresa
[...]
O brilho da palavra igual ao brilho do silêncio
[...]
O sol sobre os teus braços
António Ramos Rosa in DECLIVES - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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Recém-chegado da tropa no ultramar, no início dos anos 70, António ainda não pertencia ao meio musical. Mas, pela forma de estar, de vestir, e de ser, começava a ser um Extraterrestre, num país onde era pecado ser diferente, numa sociedade que tranquilizava os seus terrores arcaicos com a estandardização. «Sempre Ausente», um poema do álbum Anjo da Guarda, ilustra estes tempos e esta busca:
Diz-me que solidão é esta
Que te põe a falar sozinho
Diz-me que conversa
Estás a ter contigo
Diz-me que desprezo é esse
Que não olhas p'ra quem quer que seja
Ou pensas que não existe
Ninguém que te veja
Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
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a certeza trágica
... do index irremissível
... do fórcipe irremediável
... do curativo inútil
... da solicitude cínica
... da surpresa mórbida
Paulo da Costa Domingos in POÇO DA MORTE
Paulo da Costa Domingos – Carmina (1971-1994)
Antígona (1995)
A Arte de Viver (1967)
René Magritte
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