de volta à luz
Satélite ou desejo, perfeição aberta.
António Ramos Rosa in MEDIADORA DA PERFEIÇÃO ABERTA - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Satélite ou desejo, perfeição aberta.
António Ramos Rosa in MEDIADORA DA PERFEIÇÃO ABERTA - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Estrias de ignorância para enunciar
o canto material
António Ramos Rosa in PRONUNCIAR A TERRA - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
É a que nunca teve sorte e tinha um grande amor que merecia a felicidade.
António Ramos Rosa in MUSAS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Ela sabe que o sol vai nascer e a vida vai tornar-se natural e feliz como se de toda a eternidade este momento tivesse sido preparado.
António Ramos Rosa in MUSAS - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
https://lyricstranslate.com/pt-br/limitason-limita%C3%A7%C3%A3o.html
Eu detestava aquele tipo de agitação, o género de sexo à Los Angeles, Hollywood, Bel Air, Malibu e Laguna Beach. Estranhos quando nos encontrávamos, estranhos quando partíamos - um ginásio de corpos anónimos a masturbarem-se mutuamente. As pessoas sem moral consideravam-se muitas vezes livres, mas sobretudo eram incapazes do mínimo sentimento ou de amor. Por isso eram despreocupadas. Os mortos a foderem os mortos. Não havia nem risos nem humor nos seus jogos - era um cadáver a foder outro cadáver.
Charles Bukowski – Mulheres (1978)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2003)
Sara era uma mulher gentil. Eu tinha de endireitar-me. Quando um homem precisava de muitas mulheres era porque nenhuma delas prestava. Um homem podia perder a sua identidade por foder demasiado. Sara merecia mais do que eu lhe dava. Agora tinha de ser eu a dar.
Charles Bukowski – Mulheres (1978)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2003)
Na cidade, as propostas para mobilar as casas estão recheadas de produtos fantásticos. Frigoríficos cheios de comida pronta a ser confeccionada. Aspiradores, que permitem que a dona de casa rodopie pelo seu lar, limpando-a como quem brinca. Máquinas de lavar roupa, que evitam a canseira dos tanques onde à força de braços e mãos que esfregam, torcem, batem, na faina das barrelas domésticas, se lavam as roupas da casa. Panelas de pressão, que conseguem amaciar o mais rijo naco de carne, enquanto o diabo esfrega um olho. Na cidade, as tarefas domésticas diárias, a acreditar nos maravilhosos anúncios, são meros passatempos que lindas mulheres praticam alegremente. E toda a gente parece resplandecer de asseio. Já no campo, um luxo chama-se telefonia. Um sonho chama-se telefone. Visitas extemporâneas e de última hora... não existem. Visitas só a do padre ou a do médico. Não costumam ser bom sinal. Vizinhos? Ajudam-se, mutuamente, quando é preciso, mas ninguém entra pela casa de ninguém a pedir comida e a reclamar jantares: era só o que mais faltava. E os gestos quotidianos - varrer, limpar, cozinhar, arar os campos, pensar o gado, mondar, ceifar, enxertar as árvores, colher os frutos, apanhar caruma, acender a lareira -, são obrigações. Implicam muitas horas de trabalho esforçado, e não se pensa nelas como passatempos. Ter comida para cozinhar, isso sim, é uma alegria. Matar a fome a todos, aí está o verdadeiro prazer.
Na cidade, famílias ostensivamente felizes têm crianças, quase sempre louras e inevitavelmente lindas, que adoram pudim Royal e «gostam e necessitam de Milo», o fortificante mágico sem o qual as suas pobres cabecinhas encaracoladas tombam de exaustão sobre imaculados cadernos e livros da escola. Mas as cabecinhas das crianças louras ou morenas dos campos, não tombam sobre cadernos e livros imaculados. Se tombarem, uma palmada do professor ou da professora fornece toda a energia de que precisam para se levantarem imediatamente. Portanto, ali o Milo não faz falta nenhuma a ninguém. Até porque o dinheiro não chega para esses luxos... finalmente, no campo, não se fala em beleza o tempo todo, nem se evocam vocábulos como elegância por dá cá aquela palha. De resto, o mais elementar sentido de decência tornaria impensável que as mulheres corressem de braços no ar ao encontro dos seus homens, quando estes chegam a casa, suados, sujos de terra, exaustos de trabalhar, para lhes servirem algo de tão insípido como um estupendo caldo Maggi.
Manuela Gonzaga – António Variações, Entre Braga e Nova Iorque (2018)
Manuela Gonzaga e Bertrand Editora (2018)
A refeição do menino
Júlio Pomar
a iminência de ti é a boca já feliz
António Ramos Rosa in BLOCO INTACTO - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Le monde et moi se constituent corrélativement et se structurent réciproquement.
MUCCHIELLI
António Ramos Rosa - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
O Samuel devia ter razão, talvez a felicidade seja só ponto de vista.
Afonso Reis Cabral – Pão de Açúcar
Publicações Dom Quixote (2018)
110 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.