pessoas
As ruas estavam cheias de pessoas doidas e chatas. A maior parte vivia em boas casas e parecia não trabalhar, o que me deixava a pensar como é que conseguiam.
Charles Bukowski – Correios (1971)
Antígona (2015)
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anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
As ruas estavam cheias de pessoas doidas e chatas. A maior parte vivia em boas casas e parecia não trabalhar, o que me deixava a pensar como é que conseguiam.
Charles Bukowski – Correios (1971)
Antígona (2015)
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Quase ao mesmo tempo em que surge o "caso Wiznitzer" aparece outro que vai aumentar as queixas contra Aristides de Sousa Mendes por parte das autoridades nacionais - da PVDE e do MNE. O "caso Eduardo Neira Laporte" [...] um "indesejável" para a PVDE. No caso de Neira Laporte havia uma componente política que afetava o regime salazarista. Desde o início da Guerra Civil de Espanha, em 1936, que havia uma colaboração do salazarismo com o franquismo, em que a polícia portuguesa detinha e entregava à polícia espanhola muitos "refugiados vermelhos", que acabariam por ser fuzilados. Laporte tinha sido um resistente ao franquismo, e para a PVDE já tinha destino marcado - não iria muito longe.
No entanto, «o cônsul rebelde», que via nele apenas um professor da Universidade de Barcelona com excelentes referências das autoridades francesas e já com passagem de barco de Lisboa para a Colômbia, envia a 3 de fevereiro de 1940, ao Ministério português dos Negócios Estrangeiros, um pedido de autorização para visar o seu passaporte. A 11 de março, o MNE, com a sua habitual lentidão (para ganhar tempo), envia a recusa para o cônsul, mas no dia a seguir, a 12 de março, Laporte chega a Lisboa com visto assinado por Aristides, que entende que em tempos de guerra, mesmo que seja uma drôle de guerre, não devem fazer-se esperar seres humanos. Sincronização certa. Ficava a questão para o regime: o que fazer com Eduardo Neira Laporte?
[...]
as últimas notícias que se souberam na época, foi que conseguiu também sair daquela Europa enlouquecida, e terá ido mesmo para a Colômbia, exercer o ensino da medicina.
António Moncada S. Mendes – Aristides de Sousa Mendes, Memórias de Um Neto
Edições Saída de Emergência e António Moncada S. Mendes (2017)
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é louco quem se opõe às estrelas
Francisco Vaz da Silva – Gata Borralheira e Contos Similares (2011)
Círculo de Leitores e Temas e Debates (2011)
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Petition for President Buhari to be charged before the ICC for crimes against humanity.
Soldiers shot at Nigerians protesting against police brutality, Amnesty International says
Quisiera de mi mente se borrara
aquello que pasado no se olvida:
El odio del hombre que por vida
con sangre de inocentes se gozara.
[...]
en entraña de gente enloquecida,
la suma de los muertos que ganara.
Antonio Portero Soro – Signo de vida (1999)
J.A. Ferrer-Sama y J. Ramírez, Editores Asociados (1999)
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[..] O procedimento do Sr. Aristides de S. Mendes implicara tal desvairamento que ao comunicar logo em seguida às autoridades espanholas a decisão de dar por nulos os vistos concedidos pelo consulado em Bordéus a numerosíssimas pessoas que ainda se encontravam em França, não tive dúvida em declarar que era minha convicção que o referido cônsul havia perdido o uso da razão. A bem da nação.»
Neste aceso encontro entre Teotónio Pereira e Aristides houve troca de palavras desagradáveis. A determinada altura, Teotónio Pereira declara que Aristides deve ter enlouquecido, ao que este lhe responde: «Mas será preciso ser-se louco para fazer o que está certo?»
António Moncada S. Mendes – Aristides de Sousa Mendes, Memórias de Um Neto
Edições Saída de Emergência e António Moncada S. Mendes (2017)
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Perfeitamente desesperado é o meu sonho
Os pássaros insultam-me na cama
Só com doidos com doidos amaria
perfeitamente presente na frescura
do mar
António Ramos Rosa - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
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«La sort natural d'un homme n'est ni d'être enchaîné, ni d'être égorgé; mais tous les hommes sont faits, comme les animaux et les plantes, pour vivre certain temps, pour produire leur semblables, et pour mourir. - Voltaire»*
* A sorte natural dum homem não é a de ser agrilhoado, nem a de ser degolado; mas todos os homens são feitos, como os animais e as plantas, para viverem um certo tempo, para produzirem os seus semelhantes e para morrerem» (Voltaire, Lettres Philosophiques)
Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
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Então, Manoel solta os freios das cerimónias, agarra-a pela cintura e, antes de a beijar, diz-lhe que as doidices de Lisboa não são nada, ao pé da doidice que ele tem por ela. Olha que estás a desfazer-me o chignon... Pois desfaço-to mesmo!
Acabam por comer a canja fria, o Manoel de camisa esgargalada e fora das calças, a Juliana de cabeleira desfeita e chambre chinês
Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
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Se as pessoas pensassem um pouco mais na morte, não deixariam jamais de dar o telefonema que está faltando. E seriam um pouco mais loucas.
Paulo Coelho
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a loucura, quando dá a um grande número de pessoas, chama-se sociedade contemporânea. Quando dá a uma pessoa só, interna-se essa pessoa.
Afonso Cruz - Jesus Cristo Bebia Cerveja (2012)
Penguin Random House (2016)
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