e dey go now
Como seria simples encontrar a paz num mundo imaginário! Mas sempre tentei viver nos dois mundos ao mesmo tempo...
Milan Kundera
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anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
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Como seria simples encontrar a paz num mundo imaginário! Mas sempre tentei viver nos dois mundos ao mesmo tempo...
Milan Kundera
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Um espirro é mais rápido que uma chita.
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Perceber os «outros» como menos humanos, permite à maioria recusar-lhes atenção e invisibilizar o seu sofrimento, tornando a sua discriminação mais provável. Em nome dos «nossos», a rejeição de outros povos e a sua inferiorização têm-se registado na história das sociedades, baseadas em motivos económicos ou políticos, em diferenças salientadas nas características físicas, nas crenças, nos comportamentos, nos modos de vida, nos costumes e na religião. Neste sentido, pode dizer-se que existiu um «protorracismo» antes da teorização da ideia de raça e da sua fundamentação biológica, como viria a acontecer no século XIX. O racismo cultural com que nos confrontamos hoje é um prolongamento do racismo biológico sistematizado no século XIX e envolve os mesmos princípios, como a ideia de essência e a ideia da hierarquia e dominação [...] Recentemente, a Comissão Europeia criou uma Missão para «a defesa do modo de vida europeu», um suposto credo europeu. Esta Missão tanto pode, segundo uns, responder aos apelos daqueles que olham para as migrações e os refugiados com as lentes do racismo biológico ou cultural, vendo neles uma ameaça «ao modo de vida europeu», como pode, segundo outros, promover os «direitos humanos, a liberdade, a democracia, a igualdade e o Estado de direito». Um terreno ambíguo, portanto. Um terreno tão ambíguo, que a Missão passou a designar-se «promoção do estilo de vida europeu», sinal de uma perspectiva assimilacionista que não anula o problema de fundo.
Até agora, contudo, a maioria dos Europeus tem resistido ao racismo e à sua mutação para uma base cultural [...] A sobrevivência desta norma e a sua evolução para uma norma pró-igualitária dependerá da reflexibilidade coletiva sobre os fundamentos da democracia.
Jorge Vala – Racismo, Hoje, Portugal em Contexto Europeu (2021)
Fundação Francisco Manuel dos Santos, Jorge Vala (2021)
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Vejamos um exemplo de potencial discriminação institucional em contexto escolar. Uma investigação realizada em Portugal comparou as notas de crianças negras e brancas atribuídas na sua escola a Matemática e a Português com as notas obtidas pelas mesmas crianças nas provas nacionais no 4º ano (1ºciclo) que tiveram lugar em 2015. No primeiro caso, o avaliador é o professor das crianças e conhece a sua cor. No segundo caso, os avaliadores não têm essa informação. Resultado: as notas atribuídas pelos docentes quer em Matemática, quer em Português são, em média, mais elevadas para as crianças brancas do que para as crianças negras. Contudo, nos exames nacionais a diferença entre crianças brancas e negras das escolas estudadas desaparece.
Jorge Vala – Racismo, Hoje, Portugal em Contexto Europeu (2021)
Fundação Francisco Manuel dos Santos, Jorge Vala (2021)
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há uma clara diferença temporal entre Portugal e os restantes países europeus que sofreram a II Guerra Mundial no que toca ao despertar do debate em torno da ideia de raça e das desigualdades com base nessa mesma ideia. O silêncio demasiado longo em torno destas questões, a falta de informação e de categorias mentais para as discutir, a reduzida investigação empírica e a ilusão de que nunca houve nem há racismo em Portugal, tornam esse debate, ainda hoje, demasiadas vezes, um escândalo, acompanhado de um espanto coletivo que confrange. Este espanto de hoje olha para a norma do antirracismo como se fosse uma comoção deslocada no tempo, um extremismo talvez mesmo perigoso, inimigo da liberdade de expressão.
Jorge Vala – Racismo, Hoje, Portugal em Contexto Europeu (2021)
Fundação Francisco Manuel dos Santos, Jorge Vala (2021)
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O facto de o MNE não informar a Ordem da razão do seu afastamento da carreira consular e diplomática não ajudou as suas tentativas para continuar a exercer a advocacia. O meu avô tornara-se persona non grata do regime. Quem iria contratar um advogado que, à partida, carregava a marca de perdedor?
Por esta razão, observadores estrangeiros, quando tomaram conhecimento do "caso Aristides de Sousa Mendes" começaram a escrever que a prática da advocacia lhe tinha sido vedada. Por outro lado, os defensores do regime salazarista, ainda hoje insistem que se Aristides de Sousa Mendes não exerceu advocacia, foi porque não quis... ou por incapacidade.
António Moncada S. Mendes – Aristides de Sousa Mendes, Memórias de Um Neto
Edições Saída de Emergência e António Moncada S. Mendes (2017)
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Então o rei esqueceu a zanga e lembrou-se do velho provérbio: Sob um manto de burel esconde-se por vezes um coração régio.
Francisco Vaz da Silva – Gata Borralheira e Contos Similares (2011)
Círculo de Leitores e Temas e Debates (2011)
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Letra: Sandro SecO
Música: Thiago Silva, Pedro Luiz Bomfim e Sandro SecO
Tempo - Ponto para Logunan
Tudo que foi emprestado haverá de ser devolvido.
O fim de uma etapa, de outra será o início.
Um vaso de barro, seco se quebra,
A terra se espalha, o vento leva.
O o Logunan, Oyá
O o Logunan!
Tudo que foi escondido, um dia será revelado.
Muros que foram erguidos, acreditem serão derrubados.
Um vaso de barro, seco se quebra,
A terra se espalha, o vento leva.
O o Logunan, Oyá
O o Logunan!
FICHA TÉCNICA
Voz: Sandro SecO
Coro: Andressa Asai e Thiago Silva
Atabaques: Thiago Silva e Pedro Luiz Bomfim
Agogô: Sandro SecO e Pedro Luiz Bomfim
Caxixí: Sandro SeCo
Gravação e Mixagem: Felipe "Funan" Destito - Dookie Studio
Masterização - Nelson Bolieiro - NG2 Assessoria Fonográfica
Imagens: Sandro SecO, Andressa Asai e Clayton Ferreira
Edição: Sandro SecO e Andressa Asai
Templo de Umbanda Sagrada Pai João do Amparo
Filmado em 15/11/2018 no Santuário Nacional da Umbanda.
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A rainha morreu entre os seus braços e jamais um marido carpiu tanto.Ao ouvi-lo soluçar noite e dia, formou-se o sentimento de que o seu luto não duraria muito; que ele chorava os seus defuntos amores como um homem apressado, que quer despachar o assunto.
Não se enganaram.
Francisco Vaz da Silva – Gata Borralheira e Contos Similares (2011)
Círculo de Leitores e Temas e Debates (2011)
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