ações
... cada um tem que, por suas próprias forças, criar liberdade e combater as ficções sociais.
Fernando Pessoa - O Banqueiro Anarquista (1922)
Antígona (2018)
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
anotações e apontamentos que dizem tudo - de, por e para mim - por si mesmos.
... cada um tem que, por suas próprias forças, criar liberdade e combater as ficções sociais.
Fernando Pessoa - O Banqueiro Anarquista (1922)
Antígona (2018)
Mais para ler
porque a energia é finita
a selva irrevogável
a faca, o coração, cegos
(...)
E das fúrias, pela redonda abertura, saímos a revisitar
estrelas e o veneno,
inalando um pó, dar as ventas à Medusa.
Paulo da Costa Domingos in ARA
Paulo da Costa Domingos – Carmina (1971-1994)
Antígona (1995)
Mais para ler
Edouard Manet (1832-1883)
La plage à marée basse
Estamos nus e gramamos.
(...)
As paisagens continuam a existir.
As paisagens são suaves.
Continuam também a existir
outras coisas que dão matéria para poemas.
A vida continua.
Felizmente que há ódios, comichões, vaidades.
A estupidez, esta crassa crença intratável, esta confiança indestrutível
em si mesmo,
é o que felizmente dá uma densidade, uma plenitude a isto.
Num mundo descoroçoante de puras imagens
é bom este banho de resistências, pressões, vontades, atritos,
é bom navegar.
Porque este presente é logo saudoso.
(...)
A vida continua tão improvavelmente.
(...)
Estamos nus e gramamos.
António Ramos Rosa in TELEGRAMA SEM CLASSIFICAÇÃO ESPECIAL
António Ramos Rosa - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Mais para ler
e para quem acordo?
Paulo da Costa Domingos in ABSIDE
Paulo da Costa Domingos – Carmina (1971-1994)
Antígona (1995)
Mais para ler
it had identified just more than 56,000 first responders, volunteers and others with health problems stemming from 9/11. By March of 2019, that number had risen to more than 95,000, with roughly 500 to 900 new cases being identified each month. The program has identified 2,355 deaths associated with 9/11-related health problems. That's nearly as many as died at the World Trade Center because of the crashes.
in https://edition.cnn.com/2019/06/12/politics/jon-stewart-911-bill-first-responders/index.html
Mais para ler
Em Portugal, segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa média de suicídios está acima da média global, nomeadamente 13,7 por cem mil habitantes, face a uma taxa mundial de 10,7. Ainda segundo a OMS, suicidam-se diariamente em todo o mundo cerca de 3000 pessoas, uma a cada 40 segundos. E por cada pessoa que se suicida, 20 ou mais cometem tentativas de suicídio. O número anual de suicídios representa cerca de metade de todas as mortes violentas registadas no mundo, estimando-se que, em 2020, esse número atinja 1,5 milhões, revela a OMS.
Este ato de desespero está comumente associado a depressões, alcoolismo, desordens bipolares, esquizofrenia e ansiedade extrema. Estima-se que cada tentativa de por termo à vida afeta pelo menos seis pessoas circundantes e, portanto, milhões sofrem com este problema todos os anos.
(...)
Ajude essa pessoa a pedir ajuda
O suicídio é evitável.
(...)
Mantenha-se a par e em contacto regular com o individuo, continuando a apoiá-lo sem julgamentos. Deixe-o sentir que está disposto a falar e ouvir. Pode ser difícil e, ao mesmo tempo, avassalador dar apoio a alguém que enfrenta problemas de saúde mental e pensamentos suicidas. Perceber a doença mental que têm pode ser muito útil para os ajudar. Tente encontrar informação junto de fontes fidedignas.
Mas não se esqueça, o processo é tão traumatizante para quem tem a doença, como para os que estão por perto a tentar ajudar, movendo forças e fundos na tentativa de ajudar um amigo, familiar ou colega. É, nesse sentido, aconselha-se também a que a pessoa não descure de si. Procure apoio especializado de forma a que o seu esforço seja eficaz e não o afete em demasia.
in https://mood.sapo.pt/como-ajudar-alguem-com-pensamentos-suicidas/
Mais para ler
(...)
em nome do sofrimento e da felicidade
em nome dos animais e dos utensílios criadores
em nome de todas as vidas sacrificadas
em nome dos sonhos
em nome das colheitas em nome das raízes
em nome dos países em nome das crianças
em nome da paz
que a vida vale a pena que ela é a nossa medida
que a vida é uma vitória que se constrói todos os dias
(...)
António Ramos Rosa in O BOI DA PACIÊNCIA
António Ramos Rosa - Obra Poética I
Assírio & Alvim (2018)
Mais para ler
Orgulhos
de bordel... ou calvário.
Paulo da Costa Domingos in Cicatriz
Paulo da Costa Domingos – Carmina (1971-1994)
Antígona (1995)
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Mais para ler
vem a ventura a quem a procura
Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
Mais para ler
«La sort natural d'un homme n'est ni d'être enchaîné, ni d'être égorgé; mais tous les hommes sont faits, comme les animaux et les plantes, pour vivre certain temps, pour produire leur semblables, et pour mourir. - Voltaire»*
* A sorte natural dum homem não é a de ser agrilhoado, nem a de ser degolado; mas todos os homens são feitos, como os animais e as plantas, para viverem um certo tempo, para produzirem os seus semelhantes e para morrerem» (Voltaire, Lettres Philosophiques)
Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
Mais para ler