as cerimónias do medo e do orgulho
Então, Manoel solta os freios das cerimónias, agarra-a pela cintura e, antes de a beijar, diz-lhe que as doidices de Lisboa não são nada, ao pé da doidice que ele tem por ela. Olha que estás a desfazer-me o chignon... Pois desfaço-to mesmo!
Acabam por comer a canja fria, o Manoel de camisa esgargalada e fora das calças, a Juliana de cabeleira desfeita e chambre chinês
Álvaro Guerra – Razões de Coração (1991)
Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)