Ora isso queria dizer que Palha não só tinha de se meter numa das artérias mais movimentadas da cidade, como teria de estacionar o carro numa zona em que não havia lugares livres a pagar, quanto mais de graça. A cidade tinha sido conquistada por parquímetros e arrumadores. E mais uma vez ninguém tinha dito nada. Até parecia que as pessoas gostavam de ser roubadas por agarrados e agentes da câmara, que se revezavam num ciclo perfeito.
Ricardo Adolfo, Mizé - Antes galdéria do que normal e remediada
Aqui esperavam-nos o comboio e a escolta para a viagem. Aqui recebemos as primeiras pancadas: e o facto foi tão novo e insensato que não sentimos dor, nem no corpo nem na alma. Só um profundo espanto: como se pode bater num homem sem raiva?
Primo Levi – Se Isto É Um Homem (1947) Coleção Mil Folhas PÚBLICO (2002)
- Ando a fazer escritórios e eles só querem que a gente vá limpar mais tarde.
- E vai de sacos e tudo?
- Não, isso não, apanho agora aqui o sete, desço lá ao pé de minha casa, ponho o comer no forno, deixo a mesa pronta para o marido e para os miúdos e depois vou, aquilo também é logo ali ao pé da estação.
- Deve custar, hã?
- Custa mais passar fome.
- Lá isso é verdade - disse a Mizé, que via ali mais um sinal de como aquelas não eram as pessoas com quem ela queria ter conversas de circunstância. Ela precisava de se rodear de quem a inspirasse, não de quem a deprimisse ainda mais. Ela precisava de desconhecidos com condutor particular, não de quem andava em transportes públicos.
Ricardo Adolfo, Mizé - Antes galdéria do que normal e remediada
No próximo sábado, 26 de Janeiro, às 17h00, as Leituras da Casa dedicam a primeira sessão de 2019 ao livro O Modernismo Brasileiro e o Modernismo Português, de Arnaldo Saraiva.
O convidado desta sessão é o poeta e músico brasileiro Luca Argel. A moderação é de Rui Manuel Amaral.
Agradecemos a sua presença. A entrada é livre. Livraria da INCM, Praça dos Leões (Praça Gomes Teixeira, 1 a 7), Porto.
Parece que esta vaina calentó Tu cuerpo y mi cuerpo lo saben Mi pecho siente tu respiración Y los latidos son iguales
Se te nota Que todas tus neuronas se alborotan Si pateo no hay quien pare esta pelota Sudan las ventanas gota a gota Se te nota
Paso a paso bajo el escalón Donde no te pega el sol Poco a poco paso el ecuador Yo quiero besarte
Ahí Donde nace la quebrada Ahí En esa tierra sagrada Ahí Y cuando se acaben los besos Pa'l centro y pa' dentro Ahí En esa playa mojada Ahí Tanto que me la soñaba Y cuando quieras que lleguemos Pa'l centro y pa' dentro (Pa'l centro y pa' dentro) (Pa'l centro y pa' dentro) (Pa'l centro y pa' dentro)
Lo que sea Por recorrer esos caminos nuevos Yo hago lo que sea Lo que sea
Si tú quieres que yo mueva la cabeza Yo la muevo La mue- la muevo Si tú quieres que yo mueva la cabeza Yo la muevo La mue- la muevo Si tú quieres que yo mueva la cabeza Yo la muevo La mue- la muevo Si tú quieres que yo mueva la cabeza Yo la muevo La mue- la muevo
Ahí Donde nace la quebrada Ahí En esa tierra sagrada Ahí Y cuando se acaben los besos Pa'l centro y pa' dentro Ahí En esa playa mojada Ahí Tanto que me la soñaba Y cuando quieras que lleguemos Pa'l centro y pa' dentro
Paso a paso bajo el escalón Donde no te pega el sol Poco a poco paso el ecuador Yo quiero besarte
Ahí Donde nace la quebrada Ahí En esa tierra sagrada Ahí Y cuando se acaben los besos Pal centro y pa dentro Ahí En esa playa mojada Ahí Tanto que me la soñaba Y cuando quieras que lleguemos Pa'l centro y pa' dentro