falta justificada
Faltavam à lucidez por solidão.
Valter Hugo Mãe – Homens imprudentemente poéticos
Porto Editora (2016)
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Faltavam à lucidez por solidão.
Valter Hugo Mãe – Homens imprudentemente poéticos
Porto Editora (2016)
La vida tiene una dimensión interior, con historias que no se materializan en la realidad, pero que no por ello dejamos de vivir.
David Foenkinos - La biblioteca de los libros rechazados (2016)
Titulo original: Le Mystère Henri Pick
Traducción de María Teresa Gallego Urrutia y Amaya García Gallego
Penguin Random House Grupo Editorial S.A.U. (febrero, 2017)
O extinto Mosteiro de São Bento da Ave-Maria ficava precisamente onde hoje está a Estação de São Bento, entre as Ruas do Loureiro e da Madeira, tendo à frente um amplo logradouro, que é na actualidade a Praça de Almeida Garrett (...) Do Mosteiro de São Bento da Ave-Maria e da sua igreja já nada resta. Apenas e só a memória escrita, o que já não é mau. Quando começaram as obras para a construção da estação ferroviária, chegou-se à conclusão de que o espaço não era o suficiente para uma estação central. Os técnicos pensaram então em prolongá-la, construindo um viaduto sobre o espaço que é hoje a Praça de Almeida Garrett, expropriando, para tanto, os prédios que estavam na frente. O elevado custo da operação contribuiu para que o projecto se não concretizasse (...) Em 1929, o Engº Jaime Nogueira de Oliveira, numa conferência que pronunciou sobre « A estação do Porto », reconheceu que para se fazer uma estação se sacrificara um monumento. « Agora, nem monumento nem estação que satisfaça. São Bento servirá apenas, no futuro, de estação de trâmueis, destinando-se a de Campanhã aos comboios de longo curso...» Profético.
Germano Silva e Lucília Monteiro – Porto, a Revolta dos Taberneiros e Outras Histórias (2004)
Editorial Notícias (maio 2004)
crédito imagem: https://i.pinimg.com/736x/0d/96/9b/0d969bfb380565010715e0587f045619--porto-portugal.jpg
Los lectores siempre se encuentran a sí mismos, de una forma o de otra, en un libro. Leer es un estímulo completamente egotista. Buscamos inconscientemente lo que nos dice algo.
David Foenkinos - La biblioteca de los libros rechazados (2016)
Titulo original: Le Mystère Henri Pick
Traducción de María Teresa Gallego Urrutia y Amaya García Gallego
Penguin Random House Grupo Editorial S.A.U. (febrero, 2017)
Numa esplendorosa manhã de Verão, sob aquele sol com que Deus brinda o povo português com a ingénua intenção de o distrair de tanta miséria
Vilhena – Branca de Neve e os 700 anões (1962)
Edição fac-símile, A Bela e o Monstro Edições / Rapsódia Final, Unipessoal lda (2014)
Na manhã do dia 7 de Maio de 1829, na então chamada Praça Nova, actual Praça da Liberdade, dez cidadãos portugueses subiram ao patíbulo, para cumprirem uma cruel sentença que os condenara a morrer na forca. Alguns meses depois, em Outubro daquele mesmo ano, mais dois patriotas morreriam, pelo mesmo processo e no mesmo local. São os mártires da liberdade cuja memória o Porto venera, num sarcófago, onde se guardam os seus restos mortais, e recorda, perpetuamente, nas placas de duas artérias que se situam em locais diferentes da cidade, mas não muito distantes uma da outra: o Campo dos Mártires da Pátria, mais vulgarmente conhecido pela Cordoaria, e a Rua dos Mártires da Liberdade (...) Depois de ter jurado, em 1826, a Carta Constitucional que D. Pedro, então imperador do Brasil, outorgara naquele mesmo ano à Nação, D. Miguel, um mês depois desse juramento, dissolveu as Cortes e fez-se aclamar rei absoluto. Logo a seguir mandou publicar um decreto convocatório das cortes tradicionais de que saiu aclamação oficial. No Porto, a aclamação de D. Miguel como rei absoluto ocorreu no dia 29 de Abril de 1828, na Casa da Câmara. Claro que os liberais não gostaram, e a 16 de Maio seguinte revoltaram-se para defender a Carta Constitucional e os legítimos direitos de D. Maria II, em quem o pai, D. Pedro, abdicara do direito ao trono de Portugal. Costuma chamar-se a este movimento a « Revolução do Porto ». Mas o seu a seu dono: a Revolução Liberal de 16 de Maio de 1828 eclodiu, de facto, no Porto, mas começou em Aveiro, tendo por principal mentor e impulsionador o desembargador Joaquim José de Queirós, que era avô do escritor Eça de Queirós.
Germano Silva e Lucília Monteiro – Porto, a Revolta dos Taberneiros e Outras Histórias (2004)
Editorial Notícias (maio 2004)
créditos imagem: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/59/Dom_Pedro_IV_P%C3%A7_Liberdade_Porto.jpg
a crítica (...) expressa numa ausência de elogios
há pessoas que necessitam de um baloiço para o raciocínio
sempre me fizeram sonhar os comboios
me esqueci da professora mas as vírgulas ficaram, vírgula, segundo ela eram sempre úteis mesmo ao conversar
- Com uma pausazinha na altura certa fica tudo mais claro
muito se morre em Portugal de facto
o avô do meu marido a abrir a tampa do relógio do colete
- Nove horas
e a fechá-la num estalinho que lhe agradava, se lho emprestasse abria e fechava-o duzentas vezes porque lhe apetecia comer aquele som
apesar de estarmos no outono e uma chuvinha parva, dessa que não molha nem se sente, nos convida ao suicídio apenas, a vizinha triste, a minha mãe triste por contágio que a infelicidade pega-se
o som do pêndulo do relógio da sala, de dia quase mudo e à noite enorme porque no escuro tudo aumenta
não se falavam há anos que o tempo separa as pessoas e depois o esquecimento começa o seu trabalho
- Tenho cinquenta e nove anos caramba
tombaram-lhe como tijolos os cinquenta e nove anos em cima
até um grilo uma tarde na bancada que expulsei com um piparote para o quintal onde mais tarde ou mais cedo uma lagartixa o arrastaria por uma das patas na direcção de uma falha de muro, tudo come tudo neste mundo, é assim, até o mar devagarinho vai comendo os penedos, a nós come-nos a idade
por ser vasta era mais paciente, sempre nervosas, as magras
porque na vida não existem certezas e até Deus muda de humor
as pessoas são tantas dentro das pessoas que são
adivinhava que me miravam porque um peso em mim, sentimos sempre um peso quando nos olham
espanta-me que haja pessoas ingénuas capazes de acreditarem nas mentiras das ondas
há coisas que nos agradam ao princípio e o tempo torna sinistras
que pena as pessoas não se aceitarem como são
e eu calada a engolir-me a mim mesma, como é complicado engolirmo-nos a nós mesmos
derivado ao sol, levo esta luz, esta felicidade, esta paz (...) até nos dissolvermos na luz
António Lobo Antunes – Para Aquela Que Está Sentada No Escuro À Minha Espera (2016)
Publicações D. Quixote | Leya (2016)
pero ¿conocemos alguna vez de verdad los sentimientos de un muerto?
David Foenkinos - La biblioteca de los libros rechazados (2016)
Titulo original: Le Mystère Henri Pick
Traducción de María Teresa Gallego Urrutia y Amaya García Gallego
Penguin Random House Grupo Editorial S.A.U. (febrero, 2017)
mas só não se cansa a andar
quem sabe o que faz cansar.
E não é andar que cansa;
cansa não acreditar
que no fim de muito andar
'tá o Castelo no ar
e aberta a porta d'entrar.
José de Almada Negreiros, O MENINO D'OLHOS DE GIGANTE
Poemas Escolhidos José de Almada Negreiros - Assírio & Alvim | Porto Editora 2016
(Enfim, o próprio caminho caminha. E se a porta de uma
Cor se fecha, abre-se nos nossos olhos a cor inversa.
Maria Gabriela Llansol - O Começo de Um Livro É Precioso
Assírio & Alvim (outubro 2003)
Freedom (2004)
Tzipora Ronen
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